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O maior presente neste Dia dos Namorados: O amor próprio

Imagem de congerdesign por Pixabay

Hoje, 12 de junho, enquanto o Brasil celebra o Dia dos Namorados, muitos são levados a refletir sobre suas escolhas e, para alguns, sobre a ausência de alguém especial para compartilhar presentes e carinhos. A confissão de que, até os 35 anos, a busca por um parceiro era quase uma súplica por atenção, ressoa com a experiência de muitos que, na ânsia de preencher um vazio, acabam mendigando aquilo que deveria ser inerente: o amor próprio.

Se você, leitor, se encontra solteiro neste Dia dos Namorados e sente que a presença de alguém preencheria um buraco em seu coração, é fundamental questionar essa premissa. A voz silenciosa que responde "sim" a essa pergunta, muitas vezes, é um indicativo de que a busca está direcionada para o lugar errado. Não se trata de uma crítica, mas de um alerta: a felicidade e a plenitude genuínas não podem ser terceirizadas.

É verdade que algumas pessoas conseguem trilhar o caminho da cura emocional sozinhas. No entanto, para outros, como eu, a ajuda profissional de um psicólogo ou psiquiatra é um passo essencial e corajoso. A terapia se torna um farol, guiando a pessoa na compreensão de que o verdadeiro "preenchimento" reside no amor-próprio.

A jornada do amor-próprio é, por vezes, dolorosa e repleta de equívocos. Situações autoinfligidas na ilusão de encontrar o "amor" podem levar a decepções profundas, especialmente quando o anseio se volta para indivíduos que ainda não amadureceram emocionalmente para assumir e se entregar a desejos reais. Não é uma questão de gênero, mas de caráter e responsabilidade.

Esses "garotos confusos", como mencionado no texto, muitas vezes adormecem seus desejos reais e, em casos extremos, manifestam essa confusão de maneiras prejudiciais, desde a violência doméstica até a homofobia disfarçada. É um ciclo de dor e ilusão que a falta de amor-próprio perpetua.

A experiência da terapia, como relatada, foi o ponto de virada para compreender que o amor-próprio é a chave para preencher qualquer vazio. Ele transforma a percepção do Dia dos Namorados, que deixa de ser uma data de carência e passa a ser simplesmente "o dia dos namorados".

Hoje, solteiro, celebro a felicidade de ser quem sou e ter uma carreira profissional em ascensão.

Esta é a prova de que o maior presente que se pode dar a si mesmo, em qualquer dia do ano, é o amor próprio. É ele que nos permite florescer, independentemente do status de relacionamento, e a construir uma vida plena e feliz.

 Aparecido Marden é um jornalista com 13 anos de experiência, dedicando sua carreira à apuração e comunicação de fatos. Além de sua atuação profissional, Marden compartilha abertamente sua jornada pessoal de cuidado com a saúde mental. Essa dualidade, a de observador e narrador da realidade e a de indivíduo em busca de bem-estar, confere a Aparecido Marden uma perspectiva única, enriquecendo tanto sua escrita quanto sua compreensão do mundo.

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