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Geografia e História de Mato Grosso


Fonte: Da Redação com Editalconcursosbrasil Foto:  Reprodução Site Governo

Concursos regionais, habitualmente, cobram conteúdos referentes à Geografia e História de seus respectivos estados. Mesmo que o candidato seja natural da região, por vezes, vários detalhes acabam escapando pela quantidade de informação disponibilizadas.

O ideal é reunir os principais assuntos cobrados em concursos públicos e processos seletivos, facilitando o estudo dos concurseiros. Por isso, trouxemos um resumo sobre os aspectos geográficos mais importantes sobre a Geografia do Mato Grosso para concursos públicos.

Contexto histórico de formação

No início do século XVIII, as paisagens naturais do Mato Grosso eram intocadas e inalteradas. Porém, em 1718, Antônio Pires de Campos chega às margens do Rio Coxipó. No ano seguinte, vieram as descobertas dos primeiros veios auríferos pela bandeira de Pascoal Moreira Cabral Leme.

O garimpo deu sustentação à fundação primeira da primeira povoação do estado, a Forquilha (atualmente sede do distrito do Coxipó do Ouro). Em 1722, Miguel Sutil descobriu um dos mais importantes veios do estado, as lavras do Sutil, correspondentes à atual Igreja do Rosário, em Cuiabá.

Em 1748, a Capitania de Mato Grosso é criada a partir de seu desmembramento da Capitania de São Paulo. A sede administrativa da província passou a ser a Vila Bela de Santíssima Trindade, permanecendo como tal até 1835 quando a capital foi transferida para Cuiabá, assim como o é hoje.

Sobre o Mato Grosso

O estado do Mato Grosso está localizado na região Centro-Oeste brasileira e tem área de 903.357.908 km², o que faz dele o terceiro maior estado do país, ficando atrás de Amazonas e Pará. Geograficamente, faz limites territoriais com Pará, Goiás, Amazonas, Tocantins e Mato Grosso do Sul.

Um fato interessante é que o estado está localizado no centro geodésico da América Latina, ou seja, o ponto equidistante entre os Oceanos Pacífico e Atlântico. De fato, sua capital, Cuiabá, está no meio do caminho entre os dois oceanos, o ponto mais central do continente em linha reta.

A determinação foi calculada por Marechal Rondon durante suas expedições pelo estado e o local exato é marcado com um monumento, o obelisco da Câmara dos Vereadores. A extensão territorial do Brasil o faz abranger quatro fusos horários a Oeste de Greenwich. O Mato Grosso está no fuso quatro negativo, ou seja, quatro horas a menos que Londres.

As coordenadas geográficas do Mato Grosso são entre as Paralelos 7°20’30” e 18°10’00” de latitude Sul e meridianos 50°13’48” e 61°31’00” a oeste de Greenwich. Seus pontos extremos são:

Sul: cabeceira dos rios Furnas e Araguaia

Norte: confluência dos rios Teles Pires e Jurema

Oeste: cabeceira do rio Madeirinha

Leste: extremo sul da Ilha do Bananal

A bandeira do Mato Grosso

A bandeira do Mato Grosso apresenta as mesmas cores principais da flâmula brasileira, representando sua integração com o país. O azul representa o céu, o branco representa a paz, o verde indica a extensão territorial enquanto a estrela amarela (Sirius) ao centro simboliza o ideal republicano e as riquezas minerais do estado.

O autor do desenho foi Marechal Antônio Maria Coelho, barão de Amambaí e primeiro governador do estado. É uma das bandeiras mais antigas do país por ter sido criada logo após a proclamação da República. Vigorou até 1929 quando foi destituída por uma lei, voltando a vigorar em 1947.

População

O Mato Grosso tem povos diversos na composição de sua população que misturou negros, índios, portugueses e espanhóis no início da colonização. Depois, foram recebidos os migrantes e imigrantes que se juntaram aos habitantes. Atualmente, 41% de seus moradores vem de outros estados ou do exterior.

O levantamento do IBGE em 2010 indica a população estimada de 3.035.122 habitantes, representando 1,59% da população brasileira. Desse total, 18,1% vivem na zona rural e 81,9% permanece nas zona urbana. Porém, o Mato Grosso é dotado de diversas regiões inabitadas, o que interfere na taxa de densidade demográfica.

O segundo estado mais populoso do Centro-Oeste (ficando atrás de Goiás) apresenta 3,3 habitantes/km². Sua taxa de crescimento é de 1,9% ao ano, conforme informações disponibilizadas no site oficial do governo do Mato Grosso.

Principais cidades

As principais cidades mato grossenses, no que toca ao contingente populacional, são:

Cuiabá (590.118 hab)

Várzea Grande (271.339 hab)

Rondonópolis (230.320 hab)

Sinop (135.874 hab)

Tangará da Serra (110.100 hab)

Cáceres (90.600 hab),

Sorriso (82.200 hab)

Barra do Garças (59.800 hab)

Primavera do Leste (58.200 hab)

Lucas do Rio Verde (58.100 hab).

Relevo

O relevo mato-grossense apresenta altitudes modestas com grandes superfícies aplainadas, talhadas por rochas sedimentares, planaltos, morros, chapadas (elevações de topos planos), serras, elevações, depressões e planícies. Sua extensão territorial abrange três regiões distintas, sendo elas:

Planalto Central: porção centro-norte do estado, com planaltos cristalinos (altitudes entre 400 e 800m) e chapadões sedimentares

Planalto arenito-basáltico: parcela do planalto meridional situada ao sul

Pantanal Mato-Grossense: porção centro-ocidental

Com relação aos pontos de altitude, destacam-se as Serras das Araras, Alto Paraguai, Planície do Pantanal e Chapada dos Guimarães,  Parque Nacional localizado entre Cuiabá e o município de mesmo nome. Importante, também, frisar quanto às depressões, cujas características são descritas a seguir:

Araguaia-Tocantins: relevo quase plano com altitudes de 200 a 400m, rochas sedimentares e cristalinas. Localizada nos vales dos rios Araguaia e Tocantins. Cuiabana: relevo arredondado com altitudes de 150 a 400m

Alto Paraguai-Guaporé: altitudes baixas entre 150 e 200m

Quanto às planícies, as principais são:

Planície do Rio Araguaia: região central da depressão Araguaia-Tocantins. Na bacia do Rio Araguaia, está a Ilha do Bananal, na divisa entre Mato Grosso e Tocantins

Planície do Pantanal: cortado pela bacia do Rio Paraguai, apresenta grande área de deposição sedimentar

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Clima

O estado têm clima tão variado quanto sua população. De modo geral, prevalecem os climas tropical super-úmido de monção, com temperatura média anual é superior a 24°C e índice pluviométrico de 2.000mm anuais; e, tropical, apresentando chuvas de verão e inverno seco, com temperatura média de 23°C e pluviosidade de 1.500mm.

A capital do Mato Grosso, Cuiabá, é uma das cidades mais quentes do país, com temperatura mínima de 24°C e máxima que, facilmente, chega aos 40°C. A Chapada dos Guimarães, por sua vez, tem temperaturas mais amenas, com ventos durante o dia e noites frias. Por lá, os termômetros já acusaram temperaturas negativas.

Vegetação

Três biomas predominam no Mato Grosso, sendo eles a Amazônia (Amazônia Legal), Cerrado e Pantanal. A maior parte da área territorial do estado pelo primeiro no equivalente a 50% do total, concentrando boa complexidade no que diz respeito à biodiversidade. São dois tipos de floresta, sendo eles a Floresta Amazônica e a Floresta Estacional.

Nessa porção do estado, predominam árvores frondosas e de grande porte, o que dificulta a entrada de luz e, por isso, a existência de vegetação rasteira. Densa e fechada, subdivide-se em mata de terra firme, igapó e mata de várzea. Nesse ecossistema, há forte presença de higrófilas, espécies que vivem em ambientes úmidos.

O cerrado, principal bioma do Centro-Oeste, cobre 38,29% do estado e está concentrado nas regiões sul, sudeste e nas depressões do Alto Paraguai. Sua principal característica está em suas árvores baixas e retorcidas, florestas de galeria, além da predominância de arbustos. Contém cinco partes: campos limpo, sujo e cerrado, cerrado e cerradão.

O Pantanal, por sua vez, ocupa 7,2% do Mato Grosso e foi trata-se da maior área alagada do mundo, considerada como Patrimônio Histórico da Humanidade desde 2001. Por ser uma região de transição, apresenta características do Cerrado, Caatinga, Floresta Amazônia, Mata Atlântica e Chaco (argentino, paraguaio e boliviano).

Por isso, predomina a grande diversidade de fauna e flora, além da cobertura de espécies gramíneas. Sua formação divide-se em áreas permanentemente alagadas, alagadiços, inundáveis e não inundáveis. Na seca, os campos ficam amarelados e a temperatura cai a níveis negativos, registrando geadas devido ao vento que parte do sul do continente.

Hidrografia

O estado do Mato Grosso comporta um dos maiores volumes de água doce no mundo! Por isso, é chamado é “caixa d’água do Brasil” devido a grande quantidade de rios, aquíferos e nascentes. O principal divisor de águas é o planalto dos Parecis, que ocupa toda porção centro-norte do território. É ele quem reparte as três bacias hidrográficas seguintes:

Bacias Amazônica (norte): rios Juruena, Teles, Pires, Arinos, Aripuanã, Xingu e Roosevelt. Drenam ⅔ do território.

Platina (sul e sudeste): rios Cabaçal, Jauru e Sepotuba

Tocantins (sul): rios Araguaia, das Mortes, das Garças, Xavante e Cristalino

Porém, a riqueza hídrica do estado faz com que muito rios possuam características específicas e ligações estreitas com os locais por onde passam e, por isso, constituem uma, uma unidade geográfica, recebendo o nome de sub-bacias. As principais relatadas no estado são:

Sub-bacia do Guaporé

Sub-bacia do Aripuanã

Sub-bacia do Juruena-Arinos

Sub-bacia do Teles Pires

Sub-Bacia do Xingu.

Economia

A economia mato grossense está , basicamente, ligada à Geografia. Na região do cerrado, explora-se a pecuária extensiva e o cultivo agrícola graças à existência de campos largos. Predominam as culturas de soja (um dos maiores exportadores do mundo), arroz, algodão e cana de açúcar. Café, feijão e mandioca cultivados para subsistência.

Na pecuária, destaque para a criação de gado de corte, colocando o estado entre os maiores exportadores de carne do mundo. Porém, outros setores vêm se destacando, como a avicultura e a suinocultura. Outra atividade econômica muito explorada na região é o extrativismo, especialmente, de minérios e borracha.

Ainda que mais recente que as demais atividades, o processo de industrialização vem crescendo, concentrado nos setores de madeira, beneficiamento de grãos, frigoríficos, laticínios e usinas produtoras de álcool. O turismo, também, se destaca em três polos – Pantanal, Chapada dos Guimarães e Amazônia.

Produção energética

O suprimento de energia do estado compreende dois sistemas – interligado (três linhas de transmissão e 850km de extensão, parte do sistema nacional Sul/Sudeste/Centro-Oeste) e isolado (usinas térmicas e hidroelétricas de pequeno porte). Ainda na área de produção energética, encontra-se o Gasoduto Bolívia Mato-Grosso.

Com 64km de extensão, passa pelos municípios de Cáceres, Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Várzea Grande e Cuiabá. O objetivo do gasoduto é transporte gás natural até a Usina Termelétrica Gov. Mário Covas, em Cuiabá, onde é transformado em energia limpa. Porém, a usina está paralisada desde 2007.

Fatos históricos importantes

1977: divisão da parte sul do estado, criando o Mato Grosso do Sul, através da Lei Complementar 31 assinada por Ernesto Geisel

Tramitação de outros projetos de lei para novas divisões. Exemplos: criação do Estado do Araguaia e Estado do Mato Grosso do Norte (arquivado)

Realidade e principais problemas

Desmatamento, poluição de rios e do ar, caça ilegal de animais são os principais problemas enfrentados pelo estado quanto ao meio-ambiente.













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