Exoneração de instrutor de banda esconde fuga de condenado por crime sexual em Alto Taquari
| Foto: Reprodução Internet/easyjur |
A Prefeitura Municipal de Alto Taquari publicou, nesta quarta-feira(21), o Decreto nº 210/2025, que oficializa a exoneração de M.J.L.R, um servidor de 27 anos, do cargo de Provimento em Comissão de Instrutor de Banda de Percussão. A decisão, publicada no Diário Oficial do município, tem como justificativa a ausência do servidor por mais de 30 dias consecutivos.
No entanto, por trás da simples justificativa administrativa, paira um mistério com contornos policiais. Informações apuradas por nossa reportagem indicam que o afastamento do servidor de suas funções não seria voluntário, mas sim uma tentativa de se esquivar da Justiça.
Segundo fontes consultadas, o ex-instrutor de banda é alvo de um mandado de prisão definitiva decorrente de uma condenação criminal transitada em julgado. O processo, de número 0001870-25.2017.8.11.0092, tramitou na Vara Única da Comarca de Alto Taquari, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
A tipificação penal do crime pelo qual o servidor foi condenado é o Artigo 217-A do Código Penal (Lei nº 2848), que trata de estupro de vulnerável. A pena restante a ser cumprida é de expressivos 12 anos. O regime prisional estabelecido pela Justiça é o fechado, o mais severo do sistema penal brasileiro.
A exoneração do cargo público, neste contexto, formaliza a situação de abandono do serviço por parte do funcionário, que, segundo as informações, estaria foragido para evitar o cumprimento da pena imposta pela Justiça.
A exoneração do ex-instrutor de banda e sua situação judicial, divulgadas nesta publicação, provavelmente causarão grande impacto em Alto Taquari. O fato de ele ser filho de uma ex-conselheira tutelar aumenta a repercussão na pequena cidade. Moradores locais manifestaram surpresa e apreensão ao serem informados sobre os pormenores do caso. A banda de percussão municipal, que dependia do trabalho do servidor, agora tem um futuro incerto em relação à sua instrução.
Com o mandado de prisão expedido, a exoneração por abandono de cargo e as informações extraoficiais levantam sérias questões sobre o paradeiro do ex-servidor e o cumprimento da ordem judicial.
Este caso serve como um alerta para a importância da lisura e da conduta ética no serviço público, além de ressaltar a atuação da Justiça na responsabilização de crimes, mesmo que isso implique no afastamento de um servidor de suas funções. A comunidade de Alto Taquari aguarda por mais informações sobre o caso e espera que a Justiça seja feita.



Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.