Saúde| Metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde
Globo.com |
Da redação com Bem Estar
Pelo menos metade da população
mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde e as populações com
acesso gastam grande parte do orçamento com despesas médicas. Os dados são de
relatório do Banco Mundial e da Organização Mundial de Saúde divulgado na última quarta-feira (13) em conferência em Tóquio, no Japão.
De acordo com o documento, 800
milhões de pessoas no mundo gastam 10% do que ganham com saúde e quase 100
milhões são obrigadas a viver com menos de US$ 1,90 por dia por conta desses
gastos.
As informações também foram
divulgadas simultaneamente no "Lancet Global Health" e publicados um
dia após o Dia da Cobertura Universal de Saúde, comemorado no dia 12 de
dezembro.
Ainda, a divulgação do relatório
vai na esteira de um dos objetivos da Organização Mundial de Saúde: o de
estimular o investimento de países no acesso universal a serviços de saúde.
Segundo a entidade, todos seus países membros se comprometeram a tentar
oferecer o acesso expandido à saúde até 2030.
"É completamente inaceitável
que metade do mundo ainda não tenha cobertura para os serviços de saúde mais
essenciais", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da
Organização Mundial da Saúde, em nota.
Com base nos dados do relatório,
o diretor da OMS também fez um apelo para o acesso universal. "Existe uma
solução [para a falta de acesso]: a cobertura de saúde universal (UHC) permite
a todos obter os serviços de saúde de que precisam, quando e onde precisam, sem
enfrentar dificuldades financeiras", continuou.
Não são todos os países no mundo
que oferecem acesso universal à saúde, quando todos os cidadãos do país têm
acesso gratuito e completo a serviços médicos.
O Brasil, com o SUS, oferece
acesso universal. Países como Holanda, Reino Unido e Canadá também oferecem. Já
nos Estados Unidos e na África do Sul, por exemplo, não há acesso à saúde para
todos.
Há progresso, mas ele é lento e desigual
O documento mostra que, se por um
lado há o acesso maior a alguns tratamentos, como o de drogas anti-HIV e
vacinas, esse acesso é lento e desigual no mundo. Um outro ponto é que parte
desse acesso é conquistado com sacrifício financeiro de famílias.
A OMS aponta lacunas na
disponibilidade de serviços na África Subsaariana e no Sul da Ásia.
Nos países de baixa e média
renda, apenas 17% das mães de crianças em lares mais pobres recebem as
intervenções de saúde básica para o cuidado de crianças, como testes essenciais
e vacinas.
Já nos países de renda alta, esse
índice é bem maior: 74% das famílias têm acesso a serviços básicos durante a
maternidade.
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