SES realiza ações de prevenção à sífilis durante o mês de outubro
| Crédito - Breno Esaki | Arquivo Agência Saúde DF |
“Apesar de ser menos conhecida do
que o Outubro Rosa, a campanha de Outubro Verde também é muito relevante e
merece o cuidado e atenção da Secretaria para a redução de casos de sífilis e
sífilis congênita no estado”, destacou o secretário de Estado de Saúde de Mato
Grosso, Gilberto Figueiredo.
Anualmente, todo terceiro sábado
do mês de outubro é celebrado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis
Congênita, que neste ano será no dia 18. Segundo a servidora da área técnica da
sífilis da SES, Queli de Oliveira, a doença é uma Infecção Sexualmente
Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum e que pode ser
curada com o tratamento adequado, sendo o diagnóstico precoce o primeiro passo
para a cura.
“Queremos chamar a atenção para
os cuidados contra essa doença. A sífilis pode ser transmitida por meio de
relações sexuais sem proteção, mas também durante a gestação, quando a mãe
passa a doença para o feto, podendo causar problemas graves de saúde no recém-nascido.
É importante que as pessoas percam o receio do diagnóstico e façam o teste
rápido gratuito para, em caso positivo, tratar a doença o mais rápido
possível”, afirmou.
A SES desenvolve diversas
estratégias em conjunto com as Secretarias Municipais de Saúde para prevenir os
casos de sífilis em Mato Grosso. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecem
preservativos, testes rápidos e penicilina para o tratamento pelo Sistema Único
de Saúde (SUS).
Ao longo dos meses de outubro e
novembro, a Secretaria promoverá reuniões online com os municípios das 16
regiões de saúde para tratar sobre a operacionalização das ações de controle da
doença.
“O objetivo é avaliar as
potencialidades e fragilidades de cada região, identificar como os municípios
estão agindo para controlar a sífilis, incentivar as ações de testagem e
rastreamento de casos, e alinhar as estratégias para fortalecer o combate à doença
em todo o estado. Vamos dar ênfase no diagnóstico precoce e no tratamento
oportuno”, explicou.
Além destas estratégias, o
trabalho em conjunto com as maternidades é imprescindível para diagnosticar e
tratar a mãe e o recém-nascido acometidos.
De acordo com Queli, dezenas de
municípios já aderiram à mobilização do Outubro Verde e pretendem fazer ações
educativas com gestantes e parceiros; busca ativa de gestantes em atraso no
pré-natal; parceria com comércios e empresas para que os funcionários façam a
testagem rápida; testagem e educação em saúde para população de garimpos,
mineradoras e casas noturnas.
“Também haverá campanha escolar
quanto à prevenção de ISTs e ao uso de preservativos, Dia D nos assentamentos e
nas UBS, simpósio sobre sífilis na gestação e sífilis congênita; capacitação
para a realização do teste rápido, testagem por demanda espontânea no SAE
[Serviço de Atenção Especializada], entre outras ações municipais.”
Conforme a servidora, é de suma
importância que os profissionais de saúde façam a notificação dos casos de
sífilis. “A notificação da doença é fundamental no controle da doença. Os dados
permitem que as autoridades de saúde rastreiem os casos, investiguem a cadeia
de transmissão, planejem e executem medidas de prevenção e tratamento eficaz”,
concluiu.
Casos de sífilis em Mato
Grosso
Segundo dados do Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, em 2023,
Mato Grosso registrou 3.718 casos de sífilis adquirida, 1.853 de sífilis em
gestante e 278 casos de sífilis congênita em menores de 1 ano. Já em 2024,
foram registrados 4.025 casos de sífilis adquirida, 2.243 de sífilis em
gestante e 359 casos de sífilis congênita em menores de 1 ano.
De janeiro a setembro deste ano,
foram registrados 2.620 casos de sífilis adquirida, 1.411 casos de sífilis em
gestante e 247 casos de sífilis congênita em menores de 1 ano.



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