Agropecuária ajudou oito estados a crescerem mais que o Brasil em 2023

Fonte: Agência Brasil Foto: Rafael Silvério
Treze estados e o Distrito Federal tiveram crescimento proporcional maior que o da economia brasileira em 2023. Desses, oito foram empurrados principalmente pela atividade agropecuária: Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Goiás, Paraná, Roraima e Minas Gerais.
Enquanto o Brasil viu o
Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) crescer
3,2% em 2023, os estados impulsionados pelo agro apresentaram expansão de 3,4%
a 14,7%.
As informações são do Sistema de
Contas Regionais, divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). O estudo é um detalhamento do comportamento
da economia das unidades da federação, com dados até 2023. Em termos nacionais,
o IBGE já divulgou que o Brasil cresceu 3,4% em 2024, marcando quatro anos
seguidos de crescimento.
Veja a lista das 14 unidades da federação que apresentaram expansão de PIB
maior que a do Brasil em 2023:
- Acre: 14,7%
- Mato Grosso do Sul: 13,4%
- Mato Grosso: 12,9%
- Tocantins: 7,9%
- Rio de Janeiro: 5,7%
- Goiás: 4,8%
- Paraná: 4,3%
- Rio Grande do Norte: 4,2%
- Roraima: 4,2%
- Maranhão: 3,6%
- Alagoas: 3,5%
- Minas Gerais: 3,4%
- Espírito Santo: 3,4%
- Distrito Federal: 3,3%
Os quatro líderes do ranking
contaram com bom desempenho especialmente do cultivo da soja. Já o
Rio de Janeiro teve a contribuição da indústria de óleo e gás. O Distrito
Federal foi impulsionado pelas atividades financeiras e administração pública.
Apesar de alguns números serem
bem superiores ao do crescimento do país, os dados não significam que os
estados são os que mais influenciam a média nacional. Isso acontece porque cada
unidade da federação tem um peso no conjunto do país.
O Acre, por exemplo, representa
apenas 0,2% do PIB brasileiro. Já o Rio de Janeiro, 10,7%. O estado com maior
participação é São Paulo, que concentra praticamente um terço do PIB nacional
(31,5%).
Em 2023, a economia paulista
cresceu 1,4%, terceira menor expansão, à frente apenas de Rio Grande do Sul e
Rondônia, ambos com variação de 1,3%.
Regiões
Ao medir o crescimento da
economia por regiões, o Centro-Oeste se destaca, com expansão superior ao dobro
da nacional.
- Centro-Oeste: 7,6%
- Norte: 2,9%
- Nordeste: 2,9%
- Sudeste: 2,7%
- Sul: 2,6%
Desconcentração econômica
O IBGE apresentou também o
comportamento das economias estaduais no período de 2002 a 2023. Dezessete UFs
tiveram crescimento médio anual superior ao do Brasil nesse intervalo de tempo.
Enquanto o país teve taxa média
de 2,2% ao ano, Mato Grosso (5,2%), Tocantins (4,9%) e Roraima (4,5%) superaram
a marca de 4%, todos influenciados pela agropecuária.
Rio de Janeiro (1,6%) e Rio
Grande do Sul (1,4%) tiveram os menores resultados. Os dois colheram recuos na
indústria de transformação.
O comportamento das duas últimas
décadas indica desconcentração da economia brasileira. Considerado a locomotiva
do país, São Paulo era 34,9% do PIB brasileiro em 2002, passando para 31,5% em
2023.
O Rio de Janeiro é o segundo que
mais perde participação em 21 anos, indo de 12,4% para 10,7%.
Na outra ponta, Mato Grosso foi o
que mais cresceu no período, quase duplicando a participação – de 1,3% para
2,5% do PIB brasileiro. Assim, o estado que era o 15% maior PIB do país em 2002
terminou 2023 como o 10º maior.


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