Dengue: pediatra aponta cuidados especiais com bebês abaixo de dois anos
Fonte: Notícias ao Minuto Foto: © iStock |
“Os sinais de dengue são febre, dor de cabeça, dor
atrás dos olhos, dor no corpo, vômito, diarreia e manchas vermelhas na pele,
que geralmente aparecem por volta do quarto ao quinto dia da doença. Como os
bebês não sabem ainda falar, é importante estar alerta para alguns destes
sintomas e ficar atento se o bebê está mais choroso ou apresenta mudança de
comportamento, além da presença da febre”, explica.
Os sintomas da dengue são comuns a outras infecções virais
benignas na infância e é necessário um olhar atento do pediatra. Os sinais de
gravidade e que exigem avaliação médica imediata são vômito persistente, dor
abdominal, pele fria e pálida, sonolência ou agitação, sangramento, diminuição
da urina e dificuldade para respirar.
De acordo com a especialista, para o diagnóstico até o
terceiro dia do início dos sintomas pode ser realizado um teste rápido de
sangue (NS1 dengue) e o hemograma, que apresentam alterações típicas da doença
e podem auxiliar na confirmação. Uma vez diagnosticada a dengue, a criança deve
fazer acompanhamento clínico e laboratorial a cada 48 horas até plena
recuperação.
A médica ainda alerta que, sob nenhuma hipótese, em caso de
suspeita de dengue, deve-se administrar medicamentos anti-inflamatórios. “Jamais
usar o ibuprofeno, que pode aumentar o risco de sangramento”, explica.
Por isso, o importante é não tentar amenizar os sintomas por conta própria,
mas, sim, com a ajuda e a orientação de uma equipe médica.
A recuperação ocorre por volta de sete dias com resolução
completa dos sintomas e melhora dos exames laboratoriais. Quando o tratamento é
instituído oportunamente, não há sequelas.
Prevenção
Diante deste cenário, a melhor alternativa é prevenir para
que os pequenos não sejam picados pelo mosquito transmissor (Aedes aegypti). A
pediatra sugere repelentes conforme a faixa etária:
A partir de dois meses – repelente a base de icaridina, com
baixa concentração do produto (10%), com reaplicação conforme orientação do
fabricante.
A partir de seis meses – repelente a base de IR3535 (etil
butilacetilaminopropionato), que deve ser reaplicado a cada 4 horas.
A partir de dois anos – repelente a base de DEET
(N,N-Dietil-m-toluamida), com baixa concentração do produto (10%), com
reaplicação conforme instruções da embalagem.
“Outras medidas de proteção são telas em portas e
janelas, uso de repelentes de ambiente contendo citronela, como velas e óleos
aromáticos. Roupas longas que protegem maior parte do corpo do bebê, quando
possível”.
Vacina
Recém criada, a vacina contra a dengue, por enquanto, é
liberada para a faixa etária de 4 a 60 anos e baseia-se em estudos de eficácia
e segurança. Por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) está disponível nos
postos de saúde para crianças com idade de 10 a 14 anos. No entanto, na rede particular
é possível vacinar outras faixas etárias.
“O esquema vacinal completo inclui duas doses, porém,
a primeira já atinge 80% de proteção. A vacina é contraindicada para gestantes,
lactantes, pessoas com imunodeficiência primária ou adquirida e para pessoas
que tenham tido reação de hipersensibilidade à dose anterior”, orienta.
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