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Mais mulheres morreram por consumo de álcool na última década, aponta levantamento

 

Fonte: CNN Brasil  Foto: Marcelo Leal/Unsplash

O número de mortes de mulheres por 100 mil habitantes causadas pelo consumo de álcool aumentou 7,5% entre 2010 e 2021, enquanto o número de homens que vieram a óbito em razão da bebida caiu 4,8%.

É o que apontam os dados preliminares da 5ª edição da publicação “Álcool e Saúde dos Brasileiros: Panorama 2023”. O levantamento apresenta a atualização dos dados sobre o impacto do uso nocivo de álcool na população do Brasil em 2021 e análises comparativas entre 2010 e 2021.

A publicação completa, elaborada pelo Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool) foi lançada no dia 26 de julho.

Quando considerados os índices gerais do país, incluindo ambos os sexos, houve queda tanto no número de mortes quanto de internações decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas, – 4,8% e -8,8%, quando comparadas as taxas por 100 mil habitantes, respectivamente.

Entre os homens, houve também diminuição no número de internações, com uma queda de 13%. Já o número de mulheres hospitalizadas em consequência da bebida aumentou 5%.

Em 2010, foram contabilizadas 129,1 internações por 100 mil habitantes, já em 2021 foram 111,9. O número de óbitos passou de 26,9 para 24,7 por 100 mil habitantes.

Já entre as mulheres, em 2010, foram registradas 43,8 internações e em 2021 45, 8 internações por 100 mil habitantes. Em 2010 morreram 7,1 mulheres pela bebida, já em 2021 foram 7,6 mulheres por 100 mil habitantes.

Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do Cisa, afirma que o aumento do consumo de álcool por mulheres desperta a atenção de profissionais de saúde mundialmente e a preocupação ganha maior relevância quando os dados indicam impactos cada vez mais significativos na vida de tantas mulheres, como no Brasil.

Embora homens continuem sendo as maiores vítimas, o especialista defende que é urgente a elaboração de medidas voltadas para a prevenção do uso nocivo de álcool pelas brasileiras.



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