Cresce 655% o número de famílias ameaçadas de perder a moradia no país desde início da pandemia
BRASIL
Fonte: R7 Foto: FÁBIO ALT / REPRODUÇÃO / CAMPANHA DESPEJO ZERO
Desde o início da pandemia, o número de
famílias ameaçadas de perder a moradia cresceu 655%, de acordo com levantamento
feito pela Campanha Despejo Zero, uma articulação nacional que engloba mais de
175 organizações, movimentos sociais e coletivos. Entre março e agosto de 2020,
eram 18.840 famílias; agora, são 142.385.
Segundo a pesquisa, também
aumentou 393% o número de famílias que foram efetivamente despejadas. No começo
da pandemia, foram 6.373 famílias e, até maio deste ano, o número saltou para
31.421.
O cenário é ainda mais
preocupante porque, das 569.540 pessoas que vivem sob ameaça de remoção, 97.391
são crianças e 95.113 idosos, de acordo com o balanço das instituições. As
mulheres representam mais de 341 mil pessoas do total.
“O despejo é devastador para
crianças e idosos. A moradia é a porta de entrada para uma série de direitos
básicos. Sem teto e sem comprovante de residência, as crianças não conseguem
acesso à escola e aos serviços de saúde e lazer, enquanto os idosos sofrem por
questões identitárias e pelos laços afetivos criados com o território”, afirma
Raquel Ludermir, coordenadora de Incidência Política da Habitat Brasil e
integrante da Campanha Despejo Zero.
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