Estoque da Vacina BCG, que protege contra a tuberculose, acaba em MT, diz secretaria
SAÚDE
Fonte: G1MT Foto: Divulgação/Sesa
O estoque da vacina BCG, que
protege contra a tuberculose, acabou em Mato Grosso. Segundo a Secretaria
Estadual de Saúde (SES-MT), os municípios devem racionalizar a quantidade de
doses que ainda há nas secretarias municipais.
A SES informou por meio de nota
que a Rede de Frio do estado não possui doses da vacina BCG em estoque e que
Mato Grosso adotou uma estratégia de vacinar crianças recém-nascidas dentro das
maternidades ou mediante agendamento da vacinação nas unidades de saúde.
A Prefeitura de Cuiabá anunciou,
nesta terça-feira (19), que o município está sem o imunizante. A previsão era
que o quantitativo restante na rede municipal durasse até segunda-feira (18).
Segundo a Secretaria de Saúde da
capital, um novo cronograma será feito após a regularização do envio das doses.
Já em Tangará da Serra, a 242 km
de Cuiabá, o coordenador da Vigilância Epidemiológica do município, Fabrício
Queiroz, disse que a secretaria está fornecendo a vacina apenas em um dia da
semana por causa da pouca quantidade de doses.
Um ofício enviado pelo Ministério
da Saúde no dia 29 de abril para os estados, comunicou a redução das remessas
da vacina enviadas por causa da dificuldade da aquisição. Um novo ofício
enviado no dia 20 de junho, reiterou o desabastecimento.
De acordo com o Ministério da
Saúde, a regularização na entrega das doses está prevista para setembro.
Falta de estoque
O Ministério da Saúde tem tido
problemas para obter as doses do imunizante, que previne a tuberculose.
Desde 2016, a única fábrica
nacional que produz a BCG e a Onco BCG, pertencente à Fundação Atalpho de Paiva
(FAP), no Rio de Janeiro (RJ), passou por sucessivas interdições da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) — e, a partir daí, o fornecimento da
vacina no país passou a ficar intermitente.
O Ministério Público do Rio de
Janeiro (MP-RJ) abriu um inquérito em fevereiro para investigar possíveis
irregularidades na gestão da fundação.
Um laudo da Anvisa que levou à
interdição em 2016, afirmou que "a fabricação dos produtos apresenta risco
à saúde da população brasileira". Foram constatadas "4 não
conformidades críticas" — o que significa um "desacordo com os atributos
críticos" do produto ou algo que "possa apresentar risco latente ou
imediato à saúde", diz o laudo.
Desde que os problemas com a
produtora nacional começaram, o Brasil tem obtido doses de BCG com o Fundo
Rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço regional da
Organização Mundial da Saúde (OMS). O fundo fornece vacinas e insumos, como
seringas, a governos locais e nacionais que não têm produção nacional
disponível.
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