Economia| Mercado de ações em queda, o que fazer?
Da Redação
Essa semana, a Bolsa de Valores
brasileira sofreu a maior queda dos últimos 22 anos. Diante de tanta incerteza,
ainda não é possível opinar sobre prazos para que o mercado se restabeleça.
Essa foi a maior baixa do século,
fechamento do Ibov em -12,17%. Para amenizar esse impacto, foi acionado o
Circuit Breaker. O mecanismo serve como uma espécie de válvula de segurança e
foi utilizado pela última vez em 2017, no “Joesley Day”, quando ligação entre o
empresário e o então presidente Michel Temer vazou. No áudio, eles negociavam
propina para que a JBS tivesse benefícios junto ao governo. O fato é narrado
também na delação de Joesley Batista.
Um dia marcado por grandes quedas
em bolsas ao redor do mundo por medo do Covid-19 e também pela disputa
geopolítica entre Oriente Médio e Rússia no petróleo, que inclusive chegou a
cair 31%, maior tombo desde a Guerra do Golfo. Ninguém se arrisca a dizer
quando o mercado irá reagir. Todos estão torcemos para um acordo comercial
entre essas duas potencias em exploração de petróleo.
Do ponto de vista fiscal, a
situação que se encontramos hoje é insustentável para os países que dependem da
venda do petróleo. Segundo economistas, a Arábia Saudita não vai conseguir
manter esse preço tão baixo por muito tempo.
Nesse cenário, o investidor deve
ter cautela. Mas quem deseja entrar no mercado de ações nesse momento, é importante
se atentar para algumas dicas:
1- Invista em empresas fortes.
2-Adote uma visão de longo prazo.
3-Evite tentar fazer previsões.
4-Diversifique com inteligência e
ajuda profissional.
5-Não compre empresas com preços
altamente esticados.
6- Faça compras parceladas.
Esse momento que estamos passando
pode ser considerado no longo prazo um dos melhores para se ter entrado no
mercado variável. Uns poderão sentir alegria pela coragem e outros a tristeza
por ter deixado, talvez, uma boa oportunidade passar.
Mas é importante frisar que a
consulta com o profissional é necessária para definir em quais investimentos
apostar. Não tem receita de bolo. Costumo dizer que depois da chuva sempre vem
o sol. Pensamentos de longo prazo são fundamentais para agregar disciplina e
confiança na estratégia que for adotada. Importante é a diversificação da
carteira, se o cliente se sentir incomodado com a situação atual, tem que
buscar alterar alguma coisa.
E a renda fixa?
Com o mercado em queda, algumas
pessoas estão cogitando a possibilidade de voltar para a renda fixa. No início
do ano a orientação era para sair dela, já que o rendimento estava muito baixo.
Apesar dos números pontualmente pessimistas, o investidor precisa ter calma e
alinhar os objetivos e estratégias com seu assessor. Esse pensamento de apostar
na bolsa continua. Apesar dessa volatilidade da bolsa de valores, caminhamos
para uma Selic baixa, inclusive essa semana tivemos notícias de uma
possibilidade de juros negativos no Brasil no decorrer do tempo.
A renda fixa deve existir na
carteira de um investidor, seja ela para investimento, reserva de emergência ou
liquidez para oportunidades no mercado de ações. Os ativos são os pré-fixados,
pós- fixados, fundos de crédito privado, LCA, LCI, títulos públicos entre outros,
que devem compor a carteira para uma maior segurança.
Marlon Maschio assessor de investimentos da XP/EQI Investimentos em Cuiabá |
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