"E aí, mãe!": Novo golpe do WhatsApp é revelado
Fonte: Agência Brasil Foto: © Shutterstock
Mensagens como “Oi, mãe, perdi o meu celular” ou “estou sem
acesso à conta bancária” têm sido usadas por golpistas para enganar familiares
e amigos e conseguir transferências de dinheiro.
O golpe, relatado no The Guardian, consiste em fingir uma
emergência — como bloqueio de conta ou necessidade urgente de pagar aluguel ou
outra despesa — e pedir ajuda financeira.
Geralmente, o fraudador afirma que está usando o celular de
um amigo, ou então pede que se faça o depósito direto a um suposto proprietário
ou fornecedor. Muitas vezes, ele exige que seja feita transferência para conta
de terceiro, não a nome dele — que pertence ao “amigo”. Para o golpe parecer
mais convincente, pedem que você aja rápido.
Quem são os impostores mais bem-sucedidos
Dados do banco Santander apontam que os golpes têm maior
eficácia quando o impostor finge ser o filho da vítima, seguido pela filha,
depois pela mãe. Outros fingem ser amigos ou parentes.
Com o uso crescente de tecnologias, o golpe tem se tornado
mais sofisticado. “Estamos ouvindo casos onde usam tecnologia de voz por IA
para criar áudios ou mensagens de voz no WhatsApp ou SMS, tornando tudo mais
realista”, alerta Chris Ainsley, chefe de gestão de risco da Santander.
Como o golpe se estrutura
O esquema geralmente começa com uma mensagem de um número
desconhecido, alegando familiaridade com quem recebe: “Oi, mãe…”. Depois seguem
pedidos urgentes de dinheiro. O golpista diz que não consegue usar sua conta ou
que perdeu o telefone, e então pede ajuda. A conta para depósito será de
terceiro, afinal o “amigo” ou quem deveria receber vai indicar outra conta. O
valor pedido quase nunca é arredondado.
Se a pessoa responde, o fraudador tenta engajar em conversa,
mas com detalhes vagos. Em certo ponto, surge o pedido de urgência: pagar
aluguel, fatura, boleto ou outro custo imediato.
O que fazer para se proteger
Atenção aos alertas
Ao tentar fazer transferências bancárias, instituições
costumam fazer perguntas automáticas sobre o motivo da transação. É importante
responder de forma verdadeira, mesmo se o remetente pedir algo diferente. Isso
pode permitir que o banco identifique a fraude.
Essas práticas, segundo especialistas, fazem parte de uma
onda de golpes que tira proveito do vínculo emocional — fingir ser filho, filha
ou parente próximo — associado à urgência criada pelo autor. O Guardian alerta
que o presente contexto exige cuidado redobrado: quando o pedido chega de
número desconhecido, mesmo que pareça próximo, vale confirmar antes de agir.



Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.