Teste do olhinho deve ser repetido três vezes ao ano até os 3 anos
| Fonte: Agência Brasil Foto: © REUTERS/Jorge Silva/direitos reservados |
A maioria das mães sente alívio
quando o bebê, ainda na maternidade, recebe resultado normal após passar pelo
teste do olhinho. O que nem todo mundo sabe é que o exame, rápido e indolor,
ainda precisa ser repetido pelo menos mais três vezes todos os anos até que a
criança complete 3 anos.
“Não acabou ali na maternidade.
Pelo contrário, só começou ali. Ao longo do primeiro ano, são pelo menos três
novos testes, além desse da maternidade. Isso até a criança completar 3 anos”,
reforçou a presidente do 69º Congresso Brasileiro de Oftalmologia, Luisa
Hopker.
Em entrevista à Agência
Brasil, a médica explicou que o teste do olhinho funciona como uma espécie de
rastreio para doenças como catarata congênita, glaucoma congênito e
retinoblastoma, mas não detecta erros de refração como miopia, hipermetropia e
astigmatismo.
“Ele só vai identificar se aquela
criança precisa ou não ir com urgência para o oftalmologista.”
Exame completo
Luisa lembrou que uma diretriz
da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica recomenda, além do
teste do olhinho feito pelo pediatra, um exame oftalmológico completo, feito
por um especialista, entre 6 e 12 meses de idade e, novamente, aos 3
anos.
“Esse é o principal exame
oftalmológico que deve ser realizado durante a infância porque ele consegue
detectar vários problemas que ainda estão a tempo de serem tratados.”
“Nesse exame completo, aos 3 anos
de idade, você consegue medir a visão por meio do exame de acuidade visual.
Você consegue ver se essa criança tem estrabismo ou não, consegue fazer
avaliação do grau com a pupila dilatada e consegue fazer o exame do fundo do
olho pra ver se está tudo bem com a retina”, completou.
A médica alertou que a maioria
dos problemas oftalmológicos na infância não apresenta sinais e sintomas. Por
esse motivo, manter a rotina de consultas da criança é a melhor estratégia para
pais e cuidadores.
“Olho preguiçoso não dá nenhum
sintoma. Grau alto de hipermetropia, na maioria das vezes, não dá nenhum
sintoma. Grau alto de miopia, muitas vezes, não dá nenhum sintoma. É algo que
faz com que a gente fique preocupado porque, se não dá sintoma, não tem
como você detectar a não ser examinando.”
“Muita gente ainda tem aquele
conceito: ‘Meu filho não está batendo na porta na hora que anda, não está
tropeçando’. Mas esses são sinais que, quando aparecem, por causa de uma doença
oftalmológica, já está tudo muito grave. A gente não espera esse tipo de
sintoma pra ir ao oftalmologista”, concluiu.



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