Método contraceptivo considerado o mais seguro chega ao SUS
| Fonte: Agência Brasil Foto: Fernando Frazão |
O implante contraceptivo
popularmente conhecido como Implanon será disponibilizado pelo Sistema Único de
Saúde (SUS). De
acordo com o Ministério da Saúde, a opção é considerada vantajosa em relação
aos demais contraceptivos em razão da longa duração — age no organismo por até
três anos — e alta eficácia.
Em nota, a pasta informou que a
decisão de incorporar o contraceptivo ao SUS foi apresentada na tarde desta
quarta-feira (2) durante a reunião da Comissão Nacional de Incorporação de
Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
A portaria que oficializa a
incorporação do contraceptivo deve ser publicada nos próximos dias. A partir da
publicação, áreas técnicas da pasta terão 180 dias para efetivar a oferta, o
que envolve etapas como atualização de diretrizes clínicas, aquisição e
distribuição do insumo, capacitação e habilitação de profissionais, entre
outras ações.
A previsão é que o medicamento
esteja disponível em unidades básicas de saúde (UBS) a partir do segundo
semestre. O
plano, segundo o ministério, é distribuir 1,8 milhão de dispositivos, sendo 500
mil ainda este ano. O investimento será de cerca de R$ 245 milhões –
atualmente, a unidade do produto custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil.
“Além de prevenir a gravidez não planejada, o acesso a contraceptivo também contribui para a redução da mortalidade materna, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU [Organização das Nações Unidas]”, destacou a pasta, ao citar o compromisso de reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% a mortalidade entre mulheres negras até 2027.
Entenda
O implante subdérmico Implanon é um método contraceptivo de longa duração e alta eficácia. Ele atua no organismo por até três anos, sem necessidade de intervenções durante esse período. Após o prazo, o implante deve ser retirado e, se houver interesse, um novo implante pode ser inserido imediatamente.
A inserção e a retirada do
dispositivo devem ser realizadas por médicos e enfermeiros qualificados. Por
esse motivo, segundo o ministério, a ampliação da oferta será acompanhada de
estratégias de formação teórica e prática desses profissionais. Ainda de acordo
com a pasta, a fertilidade é retomada rapidamente após a remoção.
Entre os contraceptivos
oferecidos pelo SUS, apenas o DIU de cobre é classificado como Larc — sigla em
inglês para contraceptivos reversíveis de longa duração. O método é considerado mais
eficaz no planejamento reprodutivo por não depender do uso contínuo ou correto
por parte da usuária, como ocorre com anticoncepcionais orais ou injetáveis.
“Os Larc são reversíveis e
seguros”, destacou a pasta.
Confira, a seguir, os métodos
contraceptivos disponíveis no SUS:
·
preservativos
externo e interno;
·
DIU
de cobre;
·
anticoncepcional
oral combinado;
·
pílula
oral de progestagênio;
·
injetáveis
hormonais mensal e trimestral;
·
laqueadura
tubária bilateral;
·
vasectomia.
A pasta alertou que, entre todos
contraceptivos disponíveis na rede pública, apenas os preservativos oferecem
proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).



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