Conta de luz fica mais cara em julho; veja dicas de como economizar com a bandeira vermelha
Fonte: G1MT Foto: fanjianhua no Freepik
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira tarifária vermelha para as contas de luz do mês de julho, por conta da queda no volume de chuvas e da diminuição da geração de energia por hidrelétricas, conforme projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Segundo a Aneel, o cenário
justifica a manutenção na bandeira — que ficou vermelha em junho — e serve
também como alerta para o uso consciente da energia elétrica.
A bandeira vermelha, no patamar
1, significa que as contas de energia elétrica terão cobrança adicional de R$
4,46 (quatro reais e quarenta e seis centavos) a cada 100 kW/h (quilowatt-hora)
consumidos.
Para não pesar no bolso, o g1 reuniu alternativas para
reduzir o consumo de energia, que podem ser uma boa saída para que as despesas
da família não disparem.
Veja a seguir dicas para
economizar.
Chuveiro é o maior vilão da
conta de luz
O chuveiro elétrico é o
equipamento que mais consome energia e, consequentemente, também é o que mais
pesa na conta de luz do consumidor. Por isso, um uso inteligente durante os
banhos pode ser a chave para uma redução significativa dos gastos com energia.
O engenheiro de Eficiência
Energética da Cemig,
Thiago Batista, explica que o tempo de calorão traz uma "grande
oportunidade de economia", porque os chuveiros podem ser colocados numa
temperatura menor — o que gasta menos energia.
"Ao colocar a chave do
chuveiro na posição verão, as pessoas podem ter economia de, aproximadamente,
30% do consumo do aparelho ligado em sua potência máxima", diz o
especialista.
Batista destaca ainda que é
importante manter o mesmo tempo de uso do equipamento, ou até reduzir.
"Não adianta diminuir a potência do equipamento e aumentar o tempo de
banho".
A Cemig também aconselha que, se
possível, o consumidor evite usar o chuveiro entre 17h e 22h, horários de pico.
Além destas, outra dica mais
drástica já bem conhecida: fechar o chuveiro para ensaboar o corpo ou os
cabelos.
Geladeira também consome
bastante
Segundo a Cemig, a geladeira é o
segundo equipamento que mais consome energia dentro de casa, por conta de seu
tempo de uso e o "abre e fecha". Isso porque a entrada de ar quente
na geladeira faz com o que o equipamento precise trabalhar mais para refrigerar
os alimentos, consumindo mais.
No mesmo sentido, o engenheiro
destaca que alimentos ainda quentes não devem ser armazenados no
eletrodoméstico, porque isso faz com que o motor do tenha que funcionar por
mais tempo, aumentando os gastos.
Utilizar a parte de trás das
geladeiras, que são mais quentes, como forma de secar roupa, também é
contraindicado porque eleva o consumo.
Por fim, Thiago Batista também
orienta que o consumidor tenha atenção ao estado da borracha de vedação do
equipamento, porque se as portas não se fecharem totalmente, o consumo será
maior.
"Para saber se a borracha de
vedação está em bom estado, faça o seguinte teste: coloque uma folha de papel
entre a porta e a geladeira, feche a porta e tente retirar a folha, se ela sair
com facilidade, está na hora de trocar a borracha. Repita o teste em vários
pontos da porta da geladeira", diz Batista.
Ar-condicionado ou ventilador?
O ventilador sempre é a opção
mais barata para lidar com as altas temperaturas. Além do aparelho ser mais
barato, o consumo de energia também é menor que o de um ar-condicionado.
Ainda assim, o engenheiro da
Cemig afirma que é importante ter atenção ao tempo de uso do equipamento,
evitando deixá-lo ligado se a pessoa deixar o ambiente ou quando as
temperaturas já estiverem agradáveis.
"O consumo de energia
depende de duas variáveis: potência dos equipamentos, em watts (W), e tempo de
utilização, em horas. Para utilizar corretamente a energia, deve-se atuar
nessas duas variáveis. Por isso, mesmo que o ventilador tenha uma potência
menor, se o aparelho ficar por longo período ligado, o cliente poderá ter um
aumento significativo na conta de energia", explica Batista.
Ainda em relação ao uso do
ventilador, o indicado é manter os ambientes abertos e ventilados durante sua
utilização, para reduzir a necessidade de manter o equipamento em uma alta
frequência.
O ar-condicionado é também um
aparelho com alto consumo de energia: a cada 1ºC mais baixo, existe um gasto
cerca de 10% mais elevado do consumo de energia, explica Thiago Godoy,
especialista em educação financeira e fundador da Papai Financeiro.
Para quem pensa em comprar um
ar-condicionado, o educador comenta que é necessário levar em conta exatamente
quais são as necessidades do espaço, para não comprar um que utilize mais
energia que o necessário.
Devem entrar na conta:
- O tamanho do ambiente a ser climatizado;
- A eficiência energética do aparelho;
- As características do clima local.
Em caso de dúvidas sobre qual o
equipamento é o mais apropriado para o espaço, vale falar com profissionais
para tomar uma decisão mais acertada.
No entanto, Batista, da Cemig,
comenta que há uma forma prática de entender qual a melhor opção de aparelho
para cada consumidor.
“Para as residências, existem
dois modelos: o do tipo janela, menos eficiente, e o split, que tem tecnologia
inverter e é mais eficiente", pontua o especialista.
"Na aquisição de qualquer um
deles deve-se dar preferência para aqueles cuja etiqueta indique o consumo
anual provável e multiplicar pela tarifa de energia encontrada na conta de luz.
Dessa forma, o consumidor terá uma boa ideia do quanto cada equipamento 'gastará'
no ano, pois esse consumo foi padronizado para uma utilização típica no
país", explica Batista.
Sobre a escolha do aparelho, os
modelos com selo Procel de eficiência energética podem trazer uma economia no
longo prazo.
Consumo inteligente do ar-condicionado
Para economizar energia, Thiago
Godoy comenta que é importante utilizar o ar-condicionado com sabedoria.
"Ajuste a temperatura para
um nível confortável, evite variações bruscas e desligue o aparelho quando o
ambiente estiver desocupado. O uso de dispositivos de programação, como timers,
pode ser uma opção eficaz para automatizar esses ajustes", comenta Godoy.
Gustavo Sozzi, presidente da
fornecedora Lux Energia, compartilha do ponto de vista e aconselha o consumidor
a optar por uma temperatura moderada, evitando excesso de frio.
Para que o ar-condicionado não
precise ficar em uma temperatura tão baixa, Sozzi pontua que é importante
bloquear o calor solar com cortinas ou persianas, mantendo a casa naturalmente
mais fresca. Manter vidros ou janelas fechados também ajudam, já que impedem a
entrada de ar mais quente e seguram a temperatura mais fria no ambiente.
Com janelas e cortinas fechadas,
o especialista da Lux Energia comenta que "ventiladores de teto ou
portáteis também podem ser eficazes para refrescar ambientes, consumindo menos
energia que o ar-condicionado".
Godoy ainda traz outra dica: é
possível deixar o ar numa temperatura mais amena e combinar com o uso de
ventiladores, um combo que gasta menos energia do que deixar o aparelho numa
temperatura muito mais fria.
Lâmpadas e paredes claras
Gustavo Sozzi afirma que, além da
otimização do uso dos aparelhos que utilizam energia elétrica, outras opções
podem fazer a diferença na conta de luz no longo prazo.
A primeira e mais simples é a
escolha da lâmpada. Trocar lâmpadas incandescentes pelas de LED reduz os custos
da casa com energia porque a lâmpada de LED é mais eficiente que a
incandescente.
Além disso, se a família tiver a
possibilidade de priorizar o uso de cores claras nas paredes da residência,
isso favorece a iluminação natural e reduz a necessidade de uso das lâmpadas
durante boa parte do dia.



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