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Casos de Dengue, Zika e Chikungunya disparam em Alto Taquari no 1º semestre por falta de colaboração da população

Foto: Maira Soares/Pref.Imperatriz-MA

O município de Alto Taquari registrou um aumento significativo nos casos de Dengue, Zika e Chikungunya no primeiro semestre de 2025, de acordo com dados alarmantes do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. As doenças, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, representam um desafio crescente para a saúde pública local.

Os números detalhados para os primeiros seis meses do ano revelam a gravidade da situação:

  • Dengue: Foram confirmados 87 casos. Desses, 40% são homens e 60% mulheres. Em relação à raça, o vírus afetou todas as etnias, com 55,2% dos casos em brancos, 41,4% em pardos e 3,4% em pretos.

  • Zika: Quatro casos foram confirmados, sendo 25% em homens e 75% em mulheres. A distribuição por raça foi de 50% em brancos e 50% em pretos.

  • Chikungunya: O município contabilizou 54 casos. Homens representam 28% dos infectados e mulheres 72%. A análise racial mostrou 64,8% dos casos em brancos, 33,33% em pardos e 1,85% em pretos.


Ações de Combate e Dificuldades Enfrentadas

O fumacê vem sendo realizado em todos os bairros onde há casos de contaminação. Foto: Aparecido Marden

Diante do cenário, os Agentes de Endemias do município têm intensificado as varreduras nos bairros. Semanalmente, eles visitam residências, orientando moradores e realizando inspeções rápidas em quintais para identificar e eliminar possíveis criadouros do mosquito.

No entanto, a ausência de moradores tem sido a maior barreira para o sucesso dessas ações. Mesmo com os agentes trabalhando em horário estendido, a dificuldade em acessar todas as residências para realizar a varredura completa persiste, comprometendo a eficácia do combate.


Colabore: A Luta Contra o Mosquito é de Todos

Os dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses reforçam que o Aedes aegypti não faz distinção, picando qualquer ser humano. Dessa forma, a colaboração da população é fundamental para reverter o cenário atual. As autoridades de saúde reforçam a importância de seguir as seguintes medidas preventivas:

  • Tampar corretamente caixas d'água e outros reservatórios de água.

  • Remover folhas e sujeiras que possam acumular água nas calhas.

  • Armazenar garrafas com a boca virada para baixo.

  • Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros escoamentos de água.

  • Limpar e secar bandejas de ar-condicionado e geladeiras regularmente.

  • Lavar as bordas de recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha.

  • Descartar larvas na terra ou no chão seco.

  • Para grandes depósitos de água e reservatórios de água para consumo humano, solicitar a presença de um agente de saúde para aplicação de larvicida.

  • Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou limpá-los semanalmente.

  • Remover água e limpar periodicamente plantas e árvores que acumulam água, como bambus e bromélias.

  • Guardar baldes com a boca virada para baixo.

  • Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos, evitando acúmulo de água.

  • Descartar corretamente objetos que podem acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos.

  • Manter piscinas limpas.

  • Caso não seja possível eliminar larvas ou dar destino adequado, utilizar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante ou cloro) e inspecionar o recipiente semanalmente, desde que a água não seja para consumo humano ou animal. Nesses casos, também é importante solicitar um agente de saúde para aplicar larvicida.

  • Armazenar pneus em locais cobertos.

A conscientização e a ação coletiva são as armas mais eficazes contra o Aedes aegypti. A colaboração de cada morador é crucial para proteger a saúde de toda a comunidade de Alto Taquari.



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