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Ministério da Educação aumenta em 30% teto do Fies para curso de Medicina

Fonte: G1 Foto: Sarah Daltri/Divulgação

 

O Ministério da Educação (MEC) aumentou o teto de financiamentos semestrais do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o curso de Medicina. Agora, o limite passa a ser de R$ 78 mil, o que representa um aumento de 30% em relação ao valor máximo anterior.

A medida foi publicada nesta quarta-feira (25) no Diário Oficial da União. O aumento é válido para novos contratos e para contratos renovados a partir do 2º semestre de 2025.

Antes, o limite estipulado pelo programa para estudantes de medicina era de R$ 60 mil, o que era equivalente a cerca de R$ 10 mil por mês.

 


Para os demais cursos, o teto do financiamento foi mantido em R$ 42.983,70. Já o valor mínimo de financiamento continua em R$ 300.

De acordo com a resolução, a cobertura do programa se dará da seguinte maneira:

  • Se a mensalidade for menor que o teto, o Fies paga só o que for cobrado — nada a mais.
  • Se a mensalidade for maior que o teto, o Fies só cobre até o limite a faculdade não pode cobrar a diferença do estudante dentro do programa.

Ou seja:

  • Um curso de Medicina custa R$ 82,8 mil por semestre;
  • O teto do Fies é de R$ 78 mil;
  • O aluno tem 80% de financiamento.

Nesse caso:

  • O Fies financia 80% de R$ 78 mil = R$ 62,4 mil por semestre.
  • O aluno paga 20% de R$ 78 mil = R$ 15,6 mil por semestre.
  • Os R$ 4,8 mil que sobram (a diferença entre R$ 82,8 mil e R$ 78 mil) não podem ser cobrados do aluno.

O mesmo vale para os demais cursos financiados pelo Fies.

No entanto, a coparticipação pode ser um problema para alguns alunos. Em fevereiro, o g1 mostrou que estudantes de cursos de Medicina que contrataram a modalidade do Fies Social — para público de baixíssima renda — enfrentavam dificuldade para pagar mais de R$ 2 mil por mês.

"Fies Social? De ‘social’, ele não tem nada. Nossa renda é de R$ 700 por pessoa aqui em casa, mas preciso pagar R$ 2.300 por mês na faculdade, mesmo com o Fies. É inviável", disse Eduarda Cardoso, estudante de Medicina e beneficiária do programa.




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