Serviço de telemedicina amplia atendimento médico a reeducandos no sistema penitenciário de MT
| Fonte: SejusMT Foto: Reprodução |
O serviço de telemedicina,
contratado pela Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) para assistência médica
e psicológica a pessoas privadas de liberdade, realizou 641 atendimentos nos
últimos quatro meses. O contrato foi firmado em outubro do ano passado e os
atendimentos iniciaram em novembro. De acordo com a equipe da Coordenadoria de
Saúde Penitenciária, o serviço mais procurado é o de psiquiatria.
O secretário de Estado de
Justiça, Vitor Hugo Bruzulato, explicou que a contratação oferta maior cobertura
dos serviços nas unidades prisionais do Estado.
“Com esse serviço, conseguimos
atender diversas especialidades médicas. Muitas vezes, não encontramos
profissionais possíveis para essa demanda na saúde pública, além de ser um
projeto inovador no sistema penitenciário nacional”, destacou o gestor.
A implantação da telemedicina
começou pelas unidades prisionais do interior, onde havia mais escassez de
profissionais de saúde, e foi finalizada no final de janeiro de 2025.
Os gestores das unidades
receberam capacitação para usar os serviços e realizar os agendamentos. O
atendimento é realizado em todos os dias úteis da semana. A própria unidade
agenda as consultas, com antecedência de 48 a 72h, conforme a especialidade.
O serviço tem especialidades como
clínica médica, ortopedia, cardiologia, urologia, pneumologia, endocrinologia,
psiquiatria, dermatologia, gastroenterologia, infectologia, ginecologia,
reumatologia, oftalmologia e neurologia, além de teleconsultas com profissional
de psicologia.
A coordenadora de Saúde
Penitenciária, Olga Santana, explica que algumas unidades prisionais já possuem
agenda fixa semanal para atendimentos na plataforma.
“A implantação da telemedicina
nas unidades demonstra um olhar cauteloso da gestão com a população privada de
liberdade, servidores e população em geral, uma vez que o atendimento é
realizado dentro da unidade, reduzindo escoltas para atendimentos eletivos e
diminuindo a espera por especialistas na regulação estadual e municipal”, destacou
a profissional.
O serviço de telemedicina ganhou
projeção em todo o país no período de pós-pandemia e, na avaliação da equipe de
saúde penitenciária, o uso da tecnologia vem para ampliar a oferta à saúde para
a população privada de liberdade.
“E se mostra como um recurso
complementar à assistência em saúde presencial já prestada por profissionais do
quadro da Secretaria de Justiça, e daqueles credenciados pela pactuação entre
estado e secretarias municipais de saúde”, avaliou a superintendente de
Políticas Penitenciárias, Gleidiane Assis.



Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.