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Número de trabalhadores no agro é o maior desde 2012, aponta Cepea

 

Fonte: Globo Rural Foto: Rafel Silvério

A população ocupada (PO) no agronegócio brasileiro no primeiro trimestre de 2023 somou 28,1 milhões de pessoas, crescimento de 27% em relação ao número do mesmo período do ano passado, e também o maior número para um primeiro trimestre desde 2012, início da série histórica.

Os dados são do “boletim mercado de trabalho do agronegócio brasileiro”, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), divulgados na semana passada.

Com isso, a participação do agronegócio no total de ocupações do Brasil foi de 27%, devido também a uma mudança na metodologia no levantamento das informações.



Segundo pesquisadores do Cepea, esse resultado foi decorrente do maior número de pessoas atuando nos agrosserviços, com o número de trabalhadores que cresceu 6,7% no primeiro trimestre deste ano.

De acordo com o centro de estudos, o aumento de trabalhadores no segmento “reflete sobretudo o excelente desempenho da produção agrícola dentro da porteira, já que as safras recordes se traduzem em expansão dos serviços de transporte, armazenagem, comércio e outros prestados ao agronegócio”.

Já o setor que mais perdeu trabalhadores no período foi o primário, cuja população ocupada caiu 5,2% nos três primeiros meses deste ano.

Outro aspecto apontado pelo levantamento foi o aumento da formalidade em todos os segmentos do setor. O número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 6,1%, ou 532,1 mil pessoas a mais em relação ao primeiro trimestre de 2022.

A participação da mão-de-obra feminina no agronegócio cresceu 1,3% de janeiro a março deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, com 140 mil mulheres a mais atuando no agronegócio. A população ocupada masculina teve incremento de 0,6%, o equivalente a 97 mil trabalhadores.

O Cepea aponta, ainda, o aumento do nível de instrução dos trabalhadores do campo, movimento observado desde 2012. O número de trabalhadores no agro com nível superior cresceu 3,9%.

Rendimento cresceu

No primeiro trimestre de 2023, os rendimentos mensais dos empregados de todos os segmentos do agronegócio cresceram 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

“O avanço dos salários no agronegócio (5,9%) foi apenas pouco acima do observado na média do país (5,4%), indicando ser uma tendência geral do mercado de trabalho brasileiro. Com a recuperação da renda do trabalho no Brasil no primeiro trimestre de 2023, essa se aproximou do nível observado em dezembro de 2019, imediatamente antes do início da pandemia”, destacou o Cepea, em relatório.

 

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