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Mesmo com problemas de clima, Conab mantém previsão de safra recorde: 271,3 milhões de toneladas

AGRO

Fonte: Revistagloborural  Foto: Rafael Silvério 



A Companhia Nacional de Abastecimento elevou a estimativa de produção de soja e milho do Brasil na safra 2021/2022. Os dados do 9º levantamento referente ao ano-safra que termina neste mês foram divulgados nesta quarta-feira (8/6), em Brasília (DF). A safra total de grãos foi estimada em 271,3 milhões de toneladas, abaixo da estimativa inicial da estatal (288,6 milhões de toneladas), mas, ainda assim, 6,2% maior que a safra 2020/2021.

"Mesmo com a redução na expectativa em 6,4%, os agricultores brasileiros serão responsáveis pela maior safra da série histórica. O bom desempenho ocorre mesmo em um ano em que as culturas de primeira safra, principalmente soja e milho, foram afetadas pelas condições climáticas adversas registradas na região sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul”, destaca o presidente da Companhia, Guilherme Ribeiro, em nota.

A produção de soja foi revisada pela Conab, de 123,8 milhões para 124,27 milhões de toneladas. Comparando com a safra passada, é uma queda de 10,1%, consequência de problemas climáticos que atingiram as lavouras, especialmente no sul do Brasil, além de parte de Mato Grosso do Sul.

A produção de milho passou de 114,58 milhões para 115,2 milhões de toneladas, somando os três ciclos anuais da cultura monitorados pela Companhia Nacional de Abastecimento. No total, é um aumento de 32,3% em comparação com a temporada passada, quando geadas atingiram regiões produtores, causando quebra na safra do cereal.

No comunicado da Conab, o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas, Sérgio de Zen, pontua que ainda é preciso acompanhar mais de perto o desenvolvimento das lavouras de milho, especialmente em Mato Grosso do Sul e no Paraná. Segundo ele, a cultura ainda está em fase inicial nesses estados e o clima tem grande relevância no resultado final da safra.

"Considerando a segunda safra, cerca de 25,5% do milho do país ainda está sob influência do clima”, explica de Zen.

A colheita do milho de segunda safra está em fase inicial, com os trabalhos de campo liderados por Mato Grosso, principal produtor nacional. Segundo o diretor da Conab, as primeiras lavouras têm apresentado bons rendimentos, já que foram plantadas dentro do período ideal de semeadura.

“A onda de frio, ocorrida em maio, formou geadas de maneira pontual no Paraná, Mato Grosso do Sul e em Minas Gerais, o que não afetou a produtividade total. O desempenho das lavouras, inclusive, melhorou nos estados paranaense e sul-mato-grossense, devido ao bom regime hídrico”, pondera, no comunicado da Conab.

Ainda de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento, a produção de algodão é estimada em 2,81 milhões de toneladas, aumento de 19,3% quando comparado com o ciclo 2020/2021. Na avaliação dos técnicos da Conab, o clima desfavorável não trouxe grande impacto sobre as lavouras da pluma.

Já para o feijão, a Companha destaca que as baixas temperaturas impactaram as produtividades das lavouras da segunda safra do grão. As variedades cores - que inclui o feijão carioca - preto tiveram reduções de  31,8% e 19,7%, respectivamente. Ainda assim, a produção total é estimada em 3,1 milhões de toneladas, 6,6% a mais que na safra 2020/2021.

“Com as condições climáticas desuniformes entre os estados produtores de feijão, variando entre estiagem e excesso de chuvas, a qualidade do grão a ser colhido na 2ª safra pode ter a qualidade comprometida”, diz o gerente de Acompanhamento de Safras, Rafael Fogaça, no comunicado.

O arroz, com a colheita praticamente finaliza, deve atingir uma produção de de 10,6 milhões de toneladas, volume 9,9% inferior ao produzido no ciclo anterior. "As condições climáticas de maio foram favoráveis para a conclusão da colheita na maioria dos estados, mas houve excesso de chuvas no Nordeste, que tem prejudicado o avanço da colheita", diz a Conab.



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