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Especial| “Temos visto crianças que não tem um pingo de amor ao próximo” alerta Promotor de Justiça de Alto Taquari

Tenente da PM Tavares e o Promotor de Justiça João Mota

O Promotor de Justiça de Alto Taquari, Dr. João Ribeiro Mota em uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (11) falou sobre a operação em conjunto com a Polícia Milita que terá início na próxima segunda-feira (15). Na oportunidade ele deixou uma mensagem de reflexão aos pais para esta sexta-feira (12), o Dia das Crianças.

Dr. João iniciou sua mensagem ressaltando que a criança começa a ser moldada dentro do aconchego de seu lar, onde deve receber o amor, carinho e atenção apropriada que ajuda na construção de sua personalidade, no entanto, a realidade vista em Alto Taquari não condiz com o que determina a Lei Especial 8.069/90 que cria o Estatuto daCriança e do Adolescente -(ECA).

“O filho é o retrato do pai ou o da mãe, hoje muitos lares estão tão desestruturados, o que criam uma sociedade desestruturada, temos tido notícias que tem crianças com dificuldade no aprendizado. Muitas vezes não tem qualquer doença mental, mas tem uma doença psicológica, a que a  bagunça na vida da pessoa (pais) é tão grande que transfere para essa criança e elas tem dificuldade de se organizar, prestar atenção e de participar das atividades”, alerta.

O Promotor nos leva a uma reflexão extremamente preocupante, que no dia a dia, muitas crianças não têm demonstrado o amor pelo próximo, mesmo tão pequenas demonstra o desinteresse em respeitar e amar o semelhante.

“Temos visto crianças, nem todas, que não tem um nível de amor pelo semelhante, porquê em casa não se retrata isso, para uma criança não só atos, não só o que fala que ela aprende, mas muito pelo que se pratica,” ressalta.

Muitos irão concordar que a criação do filho deve ser feita pelos pais, no entanto, a realidade é outra, como revelou o Promotor de Justiça, alguns pais transferem a responsabilidade da criação a terceiros, no entanto, não admitem correição, ainda mais quando seus filhos fazem algo errado, talvez o maior erro.

“Observamos que os pais, não todos, querem transferir e terceirizar a criação de seu filho, às vezes a mãe não faz nada durante o dia, vive em salão de beleza, grupo disso ou daquilo, e esquece-se de dar atenção ao seu filho. Depois qualquer atitude que o filho tome errado, ela vai lá o abraça não aceitando a correição. Terceirizam e na hora de corrigir não aceitam”, revela.

O Promotor chamou a atenção dos pais que apesar de serem adultos, não cresceram psicologicamente, ”temos tido falta de adultos, são pais que não cresceram psicologicamente, se brincar da birra que nem criança. Queremos que essas pessoas virem adultos e se responsabilizem, inclusive pelos seus filhos”.

Talvez os pais não saibam, mas ter uma religião colabora na criação das crianças e também da família.

“As regras religiosas em grande parte forma o cidadão. Quer queira quer não, se você dedica um tempo a Deus, família e aos amigos você será um cidadão melhor amanhã”, concluiu o Promotor de Justiça Dr. João Ribeiro Mota.

Ouça o áudio completo aqui.



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