Mundo| França foi alvo de ao menos 10 atentados desde janeiro de 2015
O
ataque que deixou mais de 80 mortos na noite de quinta-feira (14), em Nice, no
sul do país, ocorre depois de vários realizados ou frustrados na França desde
os atentados extremistas de janeiro de 2015 contra o semanário satírico Charlie
Hebdo.
Janeiro de 2015
Os
irmãos Said e Cherif Kouachi mataram 12 pessoas em 7 de janeiro na sede do
semanário satírico francês Charlie Hebdo, em Paris. Entre as vítimas estavam o
diretor da publicação, vários de seus renomados cartunistas e dois policiais.
Após
dois dias foragidos, as forças de segurança executaram os atacantes, entrincheirados
em uma empresa nos arredores da capital.
Em
8 de janeiro, Amedy Coulibaly matou um policial e feriu um agente municipal em
Montrouge, ao sul do País. E, um dia depois, fez reféns os clientes e
funcionários de um supermercado de alimentos judaicos da capital francesa,
matando quatro deles. Os agentes o abateram durante o ataque, pouco depois da
morte dos irmãos Kouachi.
Estes
últimos foram reivindicados pela Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) e o
cometido por Amedy Coulibaly pelo grupo Estado Islâmico (EI).
Fevereiro de 2015
Em
Nice, três militares de guarda em frente a um centro da comunidade judaica
foram agredidos com faca em 3 de fevereiro. O assaltante, Moussa Coulibaly, de
30 anos, foi rapidamente capturado. Em detenção, expressou seu ódio à França,
aos militares e aos judeus.
Abril de 2015
Em
19 de abril, Sid Ahmed Ghlam, estudante argelino de informática, foi detido em
Paris por, supostamente, ter matado uma mulher e por preparar um atentado
contra uma igreja de Villejuif, nos arredores do sul de Paris. O suspeito, que tinha
em sua posse armas de guerra, estava fichado pelos serviços de informação por
ter abraçado o islã radical. Além disso, confessa ter planejado outras ações.
Junho de 2015
Yassin
Salhi matou e decapitou seu chefe Hervé Cornara antes de tentar alcançar a
fábrica Air Products de Saint-Quentin-Fallavier (sudeste), ao jogar sua
caminhonete contra cilindros de gás, em 26 de junho. Acabou sendo detido.
Julho de 2015
Em
13 de julho, quatro jovens de 16 a 23 anos, entre eles um militar que deu
baixa, foram presos como suspeitos de planejar o ataque ao campo militar de
Fort Béar (sudeste) e a decapitação gravada de um oficial em nome da jihad
(guerra santa). Todos eles declararam lealdade ao EI.
Agosto de 2015
Dois
militares americanos de férias neutralizaram um homem armado que abriu fogo a
bordo de um trem Thalys, que faz a rota entre Amsterdã e Paris, em 21 de
agosto. Duas pessoas ficaram feridas, uma baleada e a outra por uma arma
branca. O atacante, um jovem marroquino, foi detido.
Novembro de 2015
A
França sofreu os piores atentados de sua história, que envolveram, pela
primeira vez, atacantes suicidas em 13 de novembro. Os atentados têm como alvo,
em Paris, a casa de shows Bataclan, vários bares e restaurantes do centro da
capital, assim como os arredores do Stade de France, situado mais ao norte, em
Saint-Denis. Um total de 130 pessoas morreram, principalmente jovens, e mais de
350 ficaram feridas. O EI reivindicou os ataques.
Janeiro de 2016
Um
homem armado com uma arma branca e um cinturão falso de explosivos foi abatido
após gritar "Allahu Akbar" enquanto se aproximava de uma delegacia do
norte de Paris, em 7 de janeiro. O atacante portava uma reivindicação
manuscrita em árabe, na qual jurava lealdade ao chefe do EI.
Junho de 2016
Um
extremista de 25 anos matou um policial em Magnanville, ao nordeste de Paris,
na porta de sua casa, e a companheira deste último no interior da residência em
13 de junho. Agentes da unidade de elite da polícia francesa executaram Larossi
Abdalla, que havia reivindicado sua ação nas redes sociais em nome do EI.
Do G1


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