Produção de grãos deve crescer 14% e chegar a 340 milhões de toneladas
Fonte: Agência Brasil Foto: Daniel Sales
O clima favorável, a ampliação da área plantada, maior investimento tecnológico e estímulo por políticas públicas devem levar o Brasil a uma safra recorde de grãos. A avaliação é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 10º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado nesta quinta-feira (10), em Brasília.
A produção brasileira para a
safra é estimada em 339,6 milhões de toneladas, um volume que representa
aumento de 14,2% em relação à colheita do ciclo anterior. A área cultivada no
país totaliza 81,8 milhões de hectares, crescimento de 2,3% na comparação
anual. E, segundo a Conab, embora o plantio das culturas de inverno - como
trigo e aveia - tenha sido prejudicado por excesso de chuvas na Região Sul, os
demais cultivos avançam satisfatoriamente nas diversas etapas do ciclo.
Com produtividade média recorde,
a soja deve alcançar produção de 169,5 milhões de toneladas, avanço de 14,7% em
relação à safra passada. O milho, somando as três safras, tem produção prevista
de 132 milhões de toneladas, um crescimento de 14,3%.
Para o algodão, a produção
prevista é de 3,9 milhões de toneladas de pluma. O crescimento de 6,4% na
produção reflete o aumento de 7,2% na área cultivada.
O arroz, com colheita encerrada,
apresenta recuperação e deve alcançar 12,3 milhões de toneladas, alta de 16,5%.
O aumento na área semeada e o bom desempenho climático, sobretudo no Rio Grande
do Sul, explicam o resultado, informou a Conab.
No caso do feijão, a produção
total estimada é de 3,15 milhões de toneladas, 1,3% inferior ao ciclo anterior,
“mas com bom desempenho na primeira safra”, que cresceu 12,8%.
Comércio
Segundo a Conab, a recente elevação da mistura obrigatória
de biodiesel no diesel impulsiona o mercado de soja ao aumentar a
demanda por esmagamento.
A expectativa é de processamento
adicional de cerca de 935 mil toneladas do grão, o que eleva a produção de óleo
para 11,37 milhões de toneladas e a de farelo para 43,78 milhões de toneladas,
com consequente alta no consumo interno e nos estoques desses derivados. Para a
soja em grão, as exportações seguem praticamente inalteradas, com previsão de
106,22 milhões de toneladas.
No milho, o forte crescimento
da demanda doméstica, principalmente para a produção de etanol, deve absorver
parte do aumento na oferta, estimada em 132 milhões de toneladas.
A previsão é de que 90 milhões
de toneladas sejam consumidas internamente, enquanto as exportações podem cair
levemente, em meio a uma maior competitividade internacional. Com isso, os
estoques finais devem crescer de forma expressiva.
Para o arroz, a recomposição da
produção nacional, aliada à perspectiva de queda nos preços internos, deve
estimular a retomada das exportações. As importações permanecem estáveis e os
estoques finais tendem a aumentar.
*Com informações da Conab



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