Saúde| Com 59 pessoas à espera de UTI, Mato Grosso pede ajuda a outros estados para transferir pacientes com Covid-19
O secretário estadual de Saúde de
Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, pediu o auxílio de outros estados para a
transferência de pacientes com Covid-19. De acordo com a Secretaria Estadual de
Saúde (SES), 59 pacientes infectados pelo novo coronavírus estão à espera de um
leito de Terapia Intensiva (UTI) em Mato Grosso.
Segundo a SES, até o momento, não
houve confirmação oficial por parte dos estados.
Gilberto Figueiredo afirmou, no
sábado (6), que a Saúde em Mato Grosso entrou em colapso.
"O sistema hospitalar já
colapsou. A procura por profissionais está grande, mas não há pessoas. As
empresas têm dificuldades para atender nossas solicitações. Existe um colapso
já estabelecido no sistema SUS", afirmou.
O governador do estado, Mauro
Mendes (DEM), confirmou em entrevista na última sexta-feira (5) a falta de
profissionais de saúde para atender em UTIs e autorizou o secretário de Saúde a
tomar as medidas necessárias.
“Estamos vivendo em Mato Grosso e
em todo Brasil uma situação muito crítica. O que começou no Amazonas, Roraima,
Rondônia, hoje é uma realidade em pelo menos 12 estados. Em março do ano
passado, tínhamos 124 UTIs no estado. Hoje são 482 leitos de UTI, mas nós não
estamos mais encontrando profissionais para assumir essa demanda”, afirmou.
Segundo o secretário, a
preocupação é maior porque a taxa de ocupação de leitos de UTI continua
aumentando no estado e atingiu 99,58% no sábado (6).
Com isso, apenas 31 leitos estão
disponíveis para os 141 municípios do estado. Desses, 13 estão em Cuiabá e sete
em Várzea Grande, na região metropolitana da capital. Assim, restam apenas 11
leitos para o interior.
Segundo o Painel Covid-19, dos 21 hospitais que atendem as regionais de saúde em Mato Grosso, 11 estão lotados.
Destes, cinco estão com ocupação maior que 100%, ou seja, há mais pacientes internados que o número de leitos pactuados.
Segundo Figueiredo, os leitos
ainda disponíveis são planejados e reservados para atender pacientes que já
estão internados em enfermarias.
"O governo do estado
continua fazendo esforço para ampliar o número de leitos. No entanto, a
população precisa entender que, nesse momento, se houver flexibilização e as
pessoas forem para as ruas sem se preocupar com as medidas preventivas, as
pessoas podem necessitar de uma assistência que não vai estar disponível",
explica.
Em janeiro deste ano, Mato Grosso
prestou assistência aos pacientes de Rondônia e cedeu UTIs para o tratamento de
pessoas que esperavam por uma vaga.
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