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Justiça| Crimes de feminicídios aumentam 75% nos primeiros cinco meses em MT

G1

O número de feminicídio cresceu 75% em Mato Grosso, nos primeiros cinco meses do ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

Os primeiros cinco meses deste ano, em Mato Grosso, 28 mulheres morreram em decorrência de feminicídio, que é o homicídio em função de violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação contra a condição de mulher.

No mesmo período de 2019 foram contabilizadas 16 mortes em todo o estado.

Os dados são da Superintendência do Observatório de Violência, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) e os números são medidos com base nos dados lançados no Sistema de Registro de Ocorrências Policiais (SROP) e informações fornecidas pelas Diretorias Metropolitana e de Interior da Polícia Judiciária Civil (PJC).

Apesar do aumento nos casos de feminicídio, os homicídios com vítimas femininas, o que engloba outras motivações para morte como rixas, tráfico de drogas, por exemplo, reduziu 68%. Saiu de 22 casos em 2019 para sete em 2020.

Tais dados contemplam os 141 municípios do Estado, no período de janeiro a maio.


A Superintendência do Observatório da Violência alerta que os dados de feminicídio apresentados são passíveis de alteração, tendo em vista que a investigação do crime é complexa, e a consolidação da motivação pode necessitar de extensão de prazo e envio posterior.

De janeiro a maio deste ano, o estado registrou quedas nos registro de ameaça (-16%), lesão corporal (-10%), tentativa de homicídio (-25%), dentre outros. As reduções são em comparação com o mesmo período de 2019.

Diante dos dados de aumento de feminicídio frente às reduções de outras ocorrências, a delegada e coordenadora da Câmara Temática de Defesa da Mulher da Sesp, Jozirlethe Criveletto, acredita que as mulheres estão dentro de casa com os agressores e sem poder sair para denunciar.

De acordo com a Sesp, a Polícia Militar mantém os atendimentos por meio da Patrulha Maria da Penha. Neste período de prevenção a Covid-19, as visitas às mulheres que têm medida protetiva continuam.



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