AgroMT| Trabalhadores rurais buscam qualificação para atuarem em lavouras de MT
G1
Com a tecnologia na agricultura,
o perfil do trabalhador rural muda drasticamente. Ele deixa de ser apenas um
operador de máquinas e se torna um responsável pelo monitoramento de uma nova
tecnologia. Isso exige dele novas qualificações e o cenário da mão de obra no
campo ainda tem muito o que evoluir.
A necessidade de um nível maior de qualificação profissional nas propriedades não se limita à linha de plantio. As tecnologias geram informações para a tomada de decisões. Diante disso, é necessário encontrar trabalhadores qualificados capazes de interpretar um grande volume de dados — afinal, a coleta e a análise desses registros é o motor do agronegócio digital. No entanto, agrônomos com essa expertise ainda são poucos no mercado.
A necessidade de um nível maior de qualificação profissional nas propriedades não se limita à linha de plantio. As tecnologias geram informações para a tomada de decisões. Diante disso, é necessário encontrar trabalhadores qualificados capazes de interpretar um grande volume de dados — afinal, a coleta e a análise desses registros é o motor do agronegócio digital. No entanto, agrônomos com essa expertise ainda são poucos no mercado.
A substituição da mão de obra
humana por máquinas nas lavouras de Mato Grosso traz um lado positivo para a
economia, que é a qualificação dos profissionais que atuam na área. A
constatação é feita por Otávio Celidonio, do projeto AgriHub.
A tarefa de entrecruzar todas
informações manualmente explica, aliás, por que boa parte da produção agrícola
se perdia ao longo do ano, bem como por que muitos animais confinados não
produziam o que se imaginava.
Os trabalhadores atuam na lavoura
no maquinário fechado, com ar-condicionado, e nem precisam dirigir as máquinas.
"Eles têm que ficar apenas monitorando as telas para observar se tem algum
alerta para parada e fazer alguma correção”, destacou.
“Isso faz com que o número de
pessoas empregadas nesse tipo de atividade tenha se diversificado. O lado
interessante disso e desafiador é que a gente passa a demandar mão de obra cada
vez mais qualificada", diz.
Segundo ele, a partir do momento
que se tem máquinas, softwares com maior capacidade, a demanda por pessoas vem
caindo.
No setor do algodão, por exemplo,
Celidonio destaca uma redução bem significativa no número de trabalhadores
devido à invenção de uma nova máquina, que agora colhe e já entrega o algodão
prensado.
“Obviamente que os softwares
estão também trazendo uma economia de mão de obra. A diminuição de mão de obra
em Mato Grosso ainda é pouco sentida porque existe um crescimento do
agronegócio como um todo. A medida que você intensifica a pecuária, aumenta as
áreas de lavoura, pode até estar sendo mais eficiente por área produzida, porém
em um aspecto global essa área tem crescido”, diz ele.
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