Brasil| Comissão aprova projeto que obriga presos a pagarem por suas despesas
Com informações da Exame
A
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, nesta semana,
projeto de lei que obriga presos a pagarem por suas despesas na prisão. O texto
segue para a análise do plenário da Casa.
De
autoria do ex-senador Waldemir Moka (MDB-MS), a proposta altera a Lei de
Execução Penal, acrescentando a obrigatoriedade de o peso ressarcir o Estado
pelos gastos com a sua “manutenção no estabelecimento prisional”.
O
texto já havia sido aprovado por comissões no ano passado. Porém, ao chegar ao
plenário em julho, senadores decidiram remetê-lo novamente para a CCJ. Naquele
mês, houve polêmica sobre a situação dos presos que não têm condição de fazer o
pagamento.
Relator
do projeto na CCJ, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou um
substitutivo em que detalha mais as regras. O texto, aprovado hoje, prevê que
“o preso ressarcirá ao Estado as despesas realizadas com a sua manutenção no
estabelecimento prisional”.
Caso
o detento tenha recursos próprios, “o ressarcimento independerá do oferecimento
de trabalho pelo estabelecimento prisional”. E se o pagamento não for feito, as
despesas se tornam “dívida ativa da Fazenda Pública”.
Já
os presos que não têm condição econômica para arcar com essa despesa, “somente
estará obrigado ao ressarcimento quando o estabelecimento prisional lhe
oferecer condições de trabalho”. Além disso, “o desconto mensal não excederá um
quarto da remuneração recebida”. Ao término do cumprimento da pena, “eventual
saldo remanescente da dívida dar-se-á por remido”.
O
relatório de Vieira foi aprovado de forma simbólica. Não houve discussão. Se
aprovado pelo plenário, o projeto segue para sanção.
Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.