Saúde| Como enfrentar a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa
Com informações da Saúde Abril
As doenças inflamatórias
intestinais — nome que reúne a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa —,
estão em ascensão entre adultos jovens. “Elas têm aumentado nos últimos dez
anos e acredita-se que isso não seja apenas fruto do maior número de diagnósticos”,
afirma gastroenterologista brasileira Dídia Cury.
Já foram identificados diversos
genes ligados a elas, mas é provável que o estilo de vida favoreça sua erupção
e as crises. Apesar de ainda não conhecermos os mecanismos exatos, o estresse,
o tabagismo e a dieta desbalanceada podem influenciar os sintomas e a gravidade
do quadro.
As estimativas mostram que essas
enfermidades são muito mais comuns no Ocidente — e, ao que tudo indica, os
hábitos deste lado do globo pesam a favor de novos casos. Além disso, corre a
hipótese de que a adoção demedidas de higiene e de extermínio de
micro-organismos (desinfetantes e por aí vai) repercuta negativamente no corpo
de pessoas com propensão a tais doenças.
Sem vírus e bactérias para
enfrentar, o sistema imune delas passa a descontar na flora intestinal. E aí
nasce o incêndio. “Estamos diante de problemas complexos, com diversas
manifestações, e que precisam ser acompanhados porque comprometem a qualidade
de vida”, alerta Dídia.
Como já adiantamos, um intestino
em chamas representa ameaça a outros cantos do corpo. “Tanto a doença de Crohn
quanto a retocolite podem ocasionar manifestações fora desse órgão”, afirma a
cirurgiã do aparelho digestivo Angelita Habr-Gama, do Hospital Alemão Oswaldo
Cruz, na capital paulista. E, por incrível que pareça, às vezes um sinal na
periferia aparece antes mesmo do rebuliço dentro da barriga.
“Há pessoas com dores nas
articulações motivadas pelo problema que só apresentam mais tarde os sintomas
no intestino”, conta Dídia Cury. Essa situação nos permite imaginar a
dificuldade em fazer o diagnóstico precoce.
As doenças inflamatórias não
poupam os olhos, o fígado nem os rins. Até cálculo renal elas patrocinam!
“Nessas condições, há muita perda de líquido por causa das diarreias e um
aumento na absorção de oxalato, substância que, na urina, pode se transformar
em cristal”, explica o nefrologista Nestor Schor, da Universidade Federal de
São Paulo, a Unifesp.
O estado nutricional também é
abatido. Dependendo da região do intestino afetada, temos um prejuízo na
absorção de vitaminas e outros nutrientes. São razões de sobra para procurar um
especialista se houver suspeita de um dos males.
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