;

Especiais

Política| STF autoriza afastamento cautelar de cinco conselheiros do TCE-MT

Com informações da Agencia Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ontem (14) que foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento de cinco conselheiros do TCE-MT: José Carlos Novelli, Waldir Júlio Teis, Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto, Valter Albano da Silva e Sérgio Ricardo de Almeida. Eles teriam condicionado a continuidade de obras para a Copa do Mundo ao pagamento de propina de R$ 53 milhões.

O afastamento ocorre no âmbito da Operação Malebolge, que corresponde à 12ª fase da Ararath.  O inquérito judicial investiga prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira e crimes contra a ordem tributária.

A PGR apura ainda a prática de obstrução de investigação criminal, que consistiu em pagar colaborador para mudar versão de depoimentos e pagar investigado para não celebrar acordo de colaboração.

Dentre os investigados estão, além dos conselheiros do TCE-MT, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o deputado federal Ezequiel Fonseca (PP-MT), deputados estaduais e empresários.

As buscas também apuram suposto pagamento de propina referente ao programa MT Integrado, um conjunto de obras estruturais orçadas em mais de R$ 1,5 bilhão.

Em consequência da operação, o TCE-MT cancelou sessão plenária agendada  para o dia e cancelou o expediente administrativo. Consultado pela Agência Brasil, o TCE-MT ainda não se posicionou sobre o assunto.

Contexto

A operação deflagrada hoje é consequência da colaboração premiada do ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa com a Procuradoria. A PGR afirma em nota que "a organização criminosa instalou-se no alto escalão do estado de Mato Grosso e funcionou especialmente entre 2006 e 2014".

A PGR explicou ainda que nome da operação, Malebolge, faz referência ao oitavo círculo do Inferno de Dante. Ela tem o objetivo de recolher provas de pagamento de pagamento de propina a membros do Poder Legislativo Estadual (o chamado “mensalinho”), "com o objetivo de que sustentassem a governabilidade do Executivo, aprovando projetos do então governador Silval Barbosa ou se abstendo de investigar membros da cúpula do governo estadual", segundo a nota da Procuradoria.

Nenhum comentário

Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.