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Elas| Anticoncepcionais e varizes: entenda a relação

Criado com o intuito de ser um medicamento para controlar os distúrbios da menstruação, em 1957, nos Estados Unidos, o Enovid foi, acidentalmente, o primeiro anticoncepcional lançado. Isso porque a bula dizia que um dos efeitos adversos do remédio era a suspensão temporária da fertilidade da mulher – e aí, entre 1957 e 1960, cerca de 500 mil mulheres adquiriram o produto justamente com este intuito. A partir de seu lançamento “oficial”, o anticoncepcional foi símbolo da emancipação feminina, pois poderiam, finalmente, fazer o planejamento familiar. Atualmente, estima-se que 100 milhões de mulheres façam uso do medicamento, seja para evitar a gravidez, tratamento de acne, tratamento de endometriose ou regulação do fluxo menstrual.
Apesar dos inúmeros benefícios, o uso dos anticoncepcionais orais (ou outros métodos) também pode ter efeitos negativos. Segundo a Dra. Priscila Nahas, médica há 28 anos, pós-graduada em cirurgia vascular pela Escola Paulista de Medicina e membro efetivo da Sociedade da Brasileira de Cirurgia Vascular e da Associação Brasileira de Flebologia e Linfologia, as mulheres passaram a buscar o angiologista e o cirurgião vascular bem mais precocemente, em torno de 20 anos de idade, enquanto antigamente o mais comum era as mulheres procurarem este tipo de especialista a partir da terceira ou, até mesmo, quarta década de vida. Esta mudança comportamental se deve principalmente devido ao uso precoce dos anticoncepcionais.

Os hormônios alteram a permeabilidade vascular, assim como a viscosidade do sangue, predispondo consequentemente, a alterações na coagulação. “Antigamente as pílulas anticoncepcionais tinham uma grande dosagem de estrógeno e progesterona. Com pílulas de segunda e terceira geração isso foi diminuído e hoje apresentam um mínimo risco”, explica.
Em contrapartida, a especialista afirma que não é apenas o uso do contraceptivo hormonal que estimula o surgimento de varizes, pois “o mais importante no desenvolvimento da doença varicosa é a predisposição genética”, diz. Segundo Nahas, a paciente deve ser avaliada juntamente com o ginecologista para avaliar os riscos do uso do anticoncepcional, bem como de outros fatores que possam desencadear a doença varicosa. Além da genética, a postura, o trabalho (se fica muito tempo em pé ou sentada), o sobrepeso e o sedentarismo contribuem para o surgimento de varizes e outras situações de risco, como trombose e flebite.
Uma das soluções para evitar as varizes é utilizar as meias de compressão Sigvaris regularmente. E o papel das meias de elastocompressão no retorno venoso é simples, mas muito importante: o sangue das veias deve voltar para o coração e, para fazer esse trabalho contra a ação da gravidade, existem válvulas no interior das veias que se abrem para o sangue passar e se fecham para que ele não volte, evitando o refluxo sanguíneo. Quando estamos em movimento, o músculo da panturrilha (bomba da panturrilha) auxilia o retorno venoso – o que não acontece quando estamos parados. “A elastocompressão oferece um suporte mecânico nos períodos em que a paciente estiver em repouso”.
E diferentemente do que muitos pensam, as meias, hoje em dia, podem ser encontradas em modelos que se encaixam no dia-a-dia da mulher moderna. A linha Audace possui produtos para o tratamento preventivo, com compressão de 15 a 20mmHg. “Muitas pacientes se enganam achando que só as meias ‘feias’ e grossas de antigamente é que vão proporcionar uma compressão eficaz na drenagem venosa. Atualmente temos meias esteticamente bonitas, aceitáveis socialmente e que dão esse suporte mecânico e funcional para a paciente”, finaliza a Dra. Priscila Nahas.
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