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Mato Grosso| Hospital de Câncer denuncia golpe de venda de sacos para ajudar instituição


O Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCAN) fez um alerta sobre os constantes casos de pessoas que usam o nome da instituição para vender produtos, conseguir dinheiro e aplicar golpes no estado. De acordo com o hospital, golpistas vendem sacos de lixo, livros, canetas, CDs e até fazem eventos dizendo que o dinheiro será revertido para os pacientes da unidade.

Atualmente, conforme Raphael Santana, administrador do hospital, as únicas conformas de ajudar a instituição é por meio de doações pela internet, boletos, projetos previamente cadastrados e caixinhas de arrecadação distribuídas em pontos comerciais das cidades. Todas as atividades são divulgadas pelo hospital, pela internet e redes sociais, além de serem acompanhadas por representantes.

O golpe mais comum, segundo o hospital, é a venda de sacos de lixo. O argumento dos golpistas é que o dinheiro será revertido aos pacientes em tratamento contra o câncer. De fato, a instituição chegou a comercializar o produto em uma época no estado. No entanto, o projeto não durou mais de um ano e se encerrou no ano de 2012. Até hoje os funcionários recebem ligações sobre pessoas em dúvida a respeito da venda do saco de lixo.

“Tivemos um crescimento de atendimento entre 2013 e 2014. Fechamos o ano de 2015 com 75 mil atendimentos e 90 mil em 2016. O hospital vem crescendo e em consequência traz golpistas e pessoas que querem tirar proveito disso”, disse o administrador ao G1.

O HCAN é uma instituição privada com fins filantrópicos, entretanto, 95% dos atendimentos são de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Há alguns anos o hospital iniciou um projeto de venda de sacos de lixo para fomentar as doações. Isso não durou nem um ano. Descobrimos que várias pessoas começaram a vender o produto em nome do hospital e recebemos várias reclamações a respeito de produtos de qualidade ruim, até que acabamos descobrindo esse golpe e paramos com o projeto”, comentou o representante.

Por mês, o HCAN recebe entre 250 a 300 ligações de reclamações ou questionamentos sobre vendas de produtos em nome da instituição. “Em todas as ocasiões acionamos a polícia. Percebemos que não há somente uma pessoa ou um grupo, mas vários grupos que fazem ações para ganhar em cima do hospital”, pontuou.

O hospital conta com caixinhas de troco solidário que são distribuídas em pontos comerciais das cidades, como em bares, lotéricas, restaurantes ou supermercados. As caixas são lacradas e contam com um cadastro e controle do volume de arrecadação de doações.

“O câncer é uma doença muito agressiva. E a sensibilidade de pessoas que passaram por isso, seja na família ou no grupo social, isso comove. E os golpistas se aproveitam dessa sensibilidade para conseguir dinheiro”, finalizou o administrador.


A Polícia Civil de Mato Grosso orienta para que as pessoas tirem dúvidas com o hospital antes de qualquer tipo de doação. Caso alguma pessoa caia no golpe e sofra prejuízos, a Polícia Civil diz que um boletim de ocorrência pode ser feito denunciando a fraude.

G1

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