Eleições 2016| TRE-MT lança ferramenta de combate ao caixa 2 em campanhas eleitorais
A
Justiça Eleitoral de Mato Grosso lançou nesta quinta-feira (8) uma ferramenta
que tem o objetivo de combater os crimes de caixa dois nas campanhas eleitorais
de 2016. Através de fotos, vídeos e áudios, os cidadãos podem denunciar o abuso
de poder econômico nas campanhas. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral
de Mato Grosso (TRE-MT), após analisadas as informações enviadas podem
acarretar na cassação do mandato dos candidatos.
O
aplicativo chamado ‘Caixa 1’ foi desenvolvido por servidores do TRE-MT e pode
ser instalado gratuitamente em qualquer smartphone.
O
objetivo da ferramenta é receber informações da população sobre as campanhas
nas ruas para, posteriormente, confrontar com a prestação de contas dos
candidatos. “É uma arma poderosa que a sociedade tem na mão para ajudar a
coibir irregularidades nas campanhas. A ideia é checar se os recursos estão em
harmonia com as declarações dos candidatos”, afirmou a desembargadora Maria
Helena Póvoas.
Ela
explica ainda que as informações repassadas pelos usuários não são encaradas
como denúncias. “As fotos, vídeos e áudios podem ser encaminhados mesmo se o
cidadão souber se há ou não irregularidades. O cruzamento das informações é que
vai apontar isso”, informou. O registro, segundo a desembargadora, pode ser
feito em qualquer situação.
“Se
você viu cabos eleitorais na rua com bandeirolas é só fazer a foto e nos
mandar. Aqui as informações serão analisadas para saber se o candidato prestou
contas do gasto com esses trabalhadores”, completou.
Após
analisadas, as informações podem acarretar a cassação do mandato dos
candidatos. “Podem gerar autuações graves para quem tem o costume de abusar do
poder econômico nas eleições”, declarou o procurador regional eleitoral,
Douglas Fernandes.
Segundo
ele, caso seja comprovado o crime de caixa dois, o candidato pode perder o
mandato, mesmo que diplomado e empossado, e, ainda responder pelo crime de
falsidade ideológica eleitoral. Nos pleitos anteriores, a única fonte de
informação sobre os gastos eram os próprios candidatos.
Do G1
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