Saúde| País já registra 38 mortes por febre chikungunya este ano
O
número de mortes confirmadas no Brasil relacionadas à febre chikungunya já
chega a 38, quantidade seis vezes maior do que a registrada em todo o ano
passado.
Os
dados são de novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, elaborado a
partir de informações enviadas pelos Estados entre os dias 3 de janeiro a 9 de
julho deste ano.
Balanço
anterior, com dados até 11 de junho deste ano, confirmava 17 mortes -um
crescimento de 123% nos registros em um mês.
O
número pode ser ainda maior, já que há outras mortes por suspeita de infecção
por dengue, zika e chikungunya ainda em investigação no país ou que, após serem
avaliadas em exames pelos Estados e municípios, esperam confirmação também do
órgão federal.
Só
em Pernambuco, por exemplo, dados da secretaria estadual de Saúde já indicam 34
mortes relacionadas a chikungunya -o que mostra que o número nacional ainda
pode crescer.
DEMORA
Apesar
do avanço nos números, a avaliação de autoridades de saúde é que houve uma
demora na confirmação dos casos, que ocorreram ainda nos primeiros meses do
ano.
No
Recife, por exemplo, o auge dos casos de infecção por chikungunya ocorreu até
meados de março e seguiu até maio. Desde então, a tendência é de queda, diz o
médico e secretário municipal de saúde Jailson Correia.
Entre
as 38 mortes confirmadas por chikungunya no país, 36 ocorreram no Nordeste e
duas no Rio de Janeiro. Em geral, as vítimas eram idosos -a média de idade das
vítimas é de 71 anos.
O
alto número de registros assustou secretarias de saúde. "O registro de
mortes por chikungunya já era conhecido em outros países, mas não tínhamos
ainda dimensão de como isso ia acontecer no nosso território", explica
Correia.
Em
nota, o Ministério da Saúde diz que as mortes "estão sendo investigadas
detalhadamente para que seja possível determinar se há outros fatores
associados, como doenças prévias, comorbidades, uso de medicamentos, entre
outros".
CASOS PROVÁVEIS
O
avanço das mortes por chikungunya ocorre em meio a um crescimento no número de
casos prováveis da doença neste ano no país.
De
janeiro até julho, foram 169.656 registros de atendimentos de pacientes com
sintomas de chikungunya, distribuídos em 2.154 municípios. Já em todo o ano
2015, foram 38.332, um aumento de 342%. A abrangência também era menor: 696.Em
geral, especialistas atribuem o aumento ao panorama de expansão da doença.
Identificado
em 2014, o vírus chikungunya se manteve, nos primeiros meses, restrito a poucas
cidades, a maioria de pequeno e médio porte.
No
ano passado, no entanto, a infecção começou a ser registrada em cidades
maiores, o que colaborou para a expansão no país.
Além
da chikungunya, o boletim do Ministério da Saúde aponta ainda 1,3 milhão de
casos de dengue neste ano, com 419 mortes.
Embora
alto, o número é menor do que o registrado no mesmo período de 2015, quando
registros contabilizavam 1,4 milhão de atendimentos. Na época, o país também
registrava 789 mortes -uma redução de 47%.
Gráficos
do governo federal também apontam uma queda no registro de novos casos da
doença desde abril deste ano, situação que coincide com a chegada do inverno,
entre outros fatores.
Avaliação
semelhante ocorre em relação a infecções pelo vírus zika. Balanço atual aponta
174 mil casos registrados no país de janeiro até o início de julho -um mês
antes, eram 165 mil. Novos dados devem ser divulgados nas próximas semanas. Com
informações da Folhapress.
Do Notíciasaominuto
Nenhum comentário
Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.