Polícia| PF desarticula esquema de fraude em compras de equipamentos médicos
A
Polícia Federal e o Ministério Público Federal, deflagraram na manhã desta
segunda-feira (18) a operação Dopamina, para desarticular um esquema criminoso
de desvio de recursos públicos na compra de equipamentos médicos para pacientes
que sofrem de doença de Mal de Parkinson. A PF estima um prejuízo de cerca de
R$ 18 milhões aos cofres públicos.
O
nome da Operação refere-se ao neurotransmissor dopamina, cuja deficiência está
relacionada ao Mal de Parkinson.
Estão
sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução
coercitiva nas cidades de São Pauloe Rio de Janeiro.
Foram
realizadas cerca de 200 cirurgias, entre 2009 a 2014, que teriam gerado um
prejuízo de cerca de R$ 18 milhões com a compra de neuroestimuladores
implantados no cérebro dos pacientes.
Segundo
a Polícia Federal, a investigação teve início após relato de pacientes do SUS
(Sistema único de Saúde) que eram atendidos pelo Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo estavam sendo induzidos a
acreditar que havia necessidade de realização de cirurgias urgentes para
implantes de equipamentos para estímulos do cérebro.
De
acordo com o Ministério Público Federal, um médico cirurgião do Hospital das
Clínicas e um administrador do setor orientavam pacientes a ingressarem com
ações na Justiça para a obtenção de liminares, indicando a urgência da cirurgia
para a realização do implante.
A
compra dos equipamentos era feita sempre da mesma empresa fornecedora, com
valores superfaturados. Equipamentos que, de forma regular, custariam cerca de
R$ 24 mil chegavam a ser comercializados
por R$ 115 mil.
A
Polícia Federal também investiga o pagamento de propina por meio de contratos
fictícios de serviços de consultoria médica, supostamente prestados por médicos
para a empresa investigada e fornecedora dos equipamentos.
Os
investigados podem ser responsabilizados pelos crimes de associação criminosa,
peculato, corrupção e estelionato contra União, cujas penas podem chegar até
doze anos de prisão.
DoG1


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