Economia| Governo poderá adotar aumento pontual de impostos, diz ministro da Fazenda
O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira (25) que
aumentos pontuais de impostos poderão ser adotados, se necessário, mas que o
governo aguardará até o fim de agosto para tomar uma decisão, quando deve
apresentar a Lei Orçamentária Anual de 2017.
"Vamos
analisar o crescimento das receitas públicas previsto para o ano que vem e o
possível ingresso [de receitas] de privatizações, concessões e outorgas",
disse Meirelles, acrescentando que, se houver necessidade, o governo fará
aumentos pontuais de impostos.
Falando
após evento no Rio de Janeiro, Meirelles disse que a meta deste ano de um rombo
de R$ 170,5 bilhões nas contas públicas será cumprida. Caso haja sobra de
recursos, completou ele, os valores serão usados para cobrir eventual rombo dos
Estados, embora tenha destacado que esta não é uma obrigação.
"Não
há e nunca houve compromisso do Ministério da Fazenda em cobrir deficit dos
Estados", afirmou.
Reforma da Previdência
Pela
lei, a meta para o setor público consolidado é de um rombo de R$ 163,9 bilhões
em 2016, abarcando economia de R$ 6,6 bilhões para Estados e municípios e um
resultado de equilíbrio para estatais federais.
Durante
apresentação, Meirelles disse ser natural que haja "ansiedade" por
medidas rápidas, mas que apenas lidando com as causas estruturais os problemas
do país serão resolvidos. Nesse contexto, ele ressaltou a importância da
aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o crescimento
de gastos à inflação do ano anterior.
Segundo
Meirelles, o governo tem "muita pressa" em ganhar o aval do Congresso
para a matéria, bem como em apresentar a reforma da Previdência.
Em
relação à última, o ministro destacou que se não houver mudanças nas regras
atuais, as despesas com o INSS passarão a responder por 17% do PIB (Produto
Interno Bruto) em 2060, contra um patamar de 8% atualmente.
Do Uol
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