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Hamilton diz que foi roubado de título da F1 em 2021

Fonte: Ge  Foto: Lars Baron/Getty Images


O ano de 2021 contou com a disputa mais intensa da Fórmula 1 nos últimos anos. Na ocasião, Lewis Hamilton e Max Verstappen chegaram ao GP de Abu Dhabi, o último da temporada, empatados com 369,5 pontos. Quem terminasse na frente levaria o título da categoria, decido na última volta por decisões da direção de prova que fugiam do regulamento.

- Fui roubado? Obviamente. Quero dizer, você conhece a história. Mas acho que o que foi realmente lindo naquele momento, o que tiro disso, foi que meu pai estava comigo. E passamos por essa enorme montanha-russa da vida juntos, com altos e baixos. E no dia que mais doeu, ele estava lá, e a forma como ele me criou foi sempre em pé, com a cabeça erguida - disse Hamilton.

Um acidente nas últimas voltas colocou o safety car na pista e fez a vantagem de 14s de Hamilton para Verstappen diminuir. O holandês foi aos boxes e colocou pneus macios para se aproximar da Mercedes. O carro de segurança, de acordo com o regulamento, deveria ter feito mais uma volta, que seria a última da corrida, mas a direção de prova errou e o chamou antes. Assim, mais rápido, Max não teve dificuldades de assumir a ponta e conquistar o título. Em entrevista à GQ, o piloto britânico afirmou que mantém uma relação de paz com a questão.

- Se eu ver um clipe disso, ainda sinto. Mas estou em paz com isso. Meus fãs estavam realmente decididos em relação a isso. A princípio não consegui entender, mas percebi que não é fácil se relacionar com alguém que sempre termina em primeiro. É inspirador. Mas nunca houve uma história de superação até agora.

A Mercedes protestou duas vezes na FIA mas não obteve sucesso. Tanto Toto Wolff, chefão da equipe alemã, quanto Lewis Hamilton não estiveram na premiação de 2021, o que gerou uma punição para o heptacampeão.

A principal decorrência foi a retirada de Michael Masi do cargo de diretor de provas da FIA em fevereiro de 2022, determinada pelo novo presidente Mohammed ben Sulayem e com apoio de Stefano Domenicali, CEO da F1. Meses depois, ele decidiu deixar a categoria. Em março de 2022, a FIA divulgou seu relatório final sobre o episódio, admitindo "erro humano" e apontando fatores que levaram aos erros em Abu Dhabi. A entidade ainda reconheceu que o regulamento não foi seguido, mas reforçou a autoridade do diretor de provas.




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