Tabaco é responsável por 90% das mortes causadas pelo câncer de pulmão
Fonte: Notícia ao Minuto Foto: © Shutterstock |
A incidência de câncer tem
aumentado consideravelmente nos últimos anos, e o de pulmão está entre os mais
prevalentes do mundo. Boa parte dos novos casos tem relação com o aumento do
tabagismo e do uso de cigarros sem filtro e eletrônicos, que se tornaram populares
nos últimos anos.
A Organização Mundial da Saúde
(OMS) aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano e é
responsável por quase 90% das mortes causadas pelo câncer de pulmão. Segundo
Raíssa Dantas, oncologista clínica do Hcor, apesar de esse tipo de câncer não
ser o mais prevalente entre os tumores malignos, é o que tem maior taxa de
mortalidade. “Mesmo com todo esse panorama, a procura pela cessação do
tabagismo e aderência ao tratamento é muito baixa”, explica.
Ainda de acordo com a
especialista, os pacientes com câncer de pulmão já chegam no consultório com a
doença avançada, apresentando muitos sintomas respiratórios devido aos diversos
males que o tabaco causa. “Os vaporizadores também trazem riscos sérios à saúde
como os demais tipos de cigarro”, afirma Dra. Raíssa.
O tabagismo não é apenas fator de
risco para câncer de pulmão, mas também para: bexiga, pâncreas, fígado, colo do
útero, além de várias doenças cardiovasculares, como infarto, doenças
trombogênicas e Acidente Vascular Cerebral (AVC). O tabaco, por ser a principal
forma de desenvolvimento deste câncer, deve ser retirado completamente da vida
do paciente. Quando o indivíduo não corta o hábito, o tratamento do câncer de
pulmão pode ser ainda mais difícil.
Isso acontece porque quanto mais
se fuma, mais danos são causados, e consequentemente, maiores são os efeitos
colaterais. Os sintomas do câncer de pulmão são tosse, dor no peito, rouquidão,
pneumonia ou sangramento pelas vias respiratórias, sendo os dois últimos
apresentados mais frequentemente quando o tumor já está bem avançado.
“O ideal é que o paciente cesse o
hábito. Para isso, usamos duas estratégias principais: a primeira depende mais
do paciente, que deve definir uma data e parar de fumar, porém pode ser um
caminho mais difícil. A segunda opção é procurar atendimento em unidades de
saúde ou centros especializados que ajudem na redução gradual do tabaco e no
controle de sintomas relacionados à ausência da nicotina”, aponta a médica.
Com as iniciativas, é possível
diminuir a prevalência de fumantes e, consequentemente, a mortalidade
relacionada ao consumo de derivados do tabaco. Entretanto, a especialista
reforça que nem sempre as mesmas técnicas serão utilizadas para todos os
pacientes, já que os tratamentos para a cessação do tabagismo são
individualizados e específicos para as necessidades do indivíduo.
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