Maus Exemplos de Mães na Bíblia Que Você Deve Conhecer
Fonte: Estilo Adoração Foto: Reprodução
A Bíblia registra as histórias de algumas mulheres que foram maus exemplos de mães. Sem dúvida, as piores mães da Bíblia falharam muito com seus filhos, e em vários casos o fracasso dessas mulheres na tarefa de ser mãe também influenciou na forma como seus filhos se tornaram pessoas ruins.
Podemos encontrar maus exemplos de mães na Bíblia tanto no Antigo como no Novo Testamento; desde os casos mais simples até os casos mais terríveis. A seguir, você vai conhecer cinco maus exemplos de mães na Bíblia.
Uma mãe que não amou seus filhos de igual modo
Rebeca foi uma mulher virtuosa e muito temente ao Senhor. Sem dúvida, ela é uma das mulheres mais importantes na narrativa bíblica, e está longe de ser uma das piores mães da Bíblia. Porém, ainda assim ela tomou decisões questionáveis com seus filhos. O nome de Rebeca nesta lista é apenas um lembrete de que até mesmo pessoas piedosas, às vezes podem dar maus exemplos como mães.
A falha de Rebeca teve a ver com a forma como ela demonstrou favoritismo por um de seus filhos. Esse comportamento, que também foi adotado por seu marido Isaque, dividiu sua casa durante muito tempo. Jacó era o filho favorito de Rebeca, e Esaú era o filho favorito de Isaque. Como resultado, aquela família foi marcada por enganos e trapaças, e chegou ao ponto de um filho desejar matar o outro.
Consequentemente, Rebeca teve de lidar com o sofrimento de ver seu filho favorito, Jacó, partir para longe de sua casa para não ser morto por seu outro filho, Esaú. Inclusive, depois de Jacó partir, Rebeca nunca mais o encontrou em vida.
Uma mãe egoísta
Durante o início do reinado do rei Salomão, por volta de 970 a.C., uma mulher anônima deu um grande mau exemplo de mãe. De acordo com a narrativa bíblica, duas mulheres meretrizes moravam juntas, e as duas deram à luz na mesma época, com uma diferença de apenas três dias (1 Reis 3:16-28).
Mas, numa noite, uma daquelas mulheres acabou matando o próprio filho ao se deitar sobre ele. Sim, foi algo acidental. Porém, o que torna essa mulher num dos grandes maus exemplos de mães na Bíblia, foi sua atitude diante daquela situação.
Ao invés de se lamentar por seu filho perdido, aquela mulher sorrateiramente se levantou durante a noite e pegou o filho de sua colega de casa como se fosse seu. Depois, ela deitou o corpo de seu filho morto sobre a outra mulher. Em outras palavras, essa mãe simplesmente trocou seu filho como se fosse um mero objeto sem valor que havia quebrado.
Pela manhã, quando a outra mãe se levantou para amamentar seu filho, ela viu que o menino estava morto. Obviamente ela também percebeu que aquele não era o seu filho, mas o filho da mulher com quem compartilhava a casa. A disputa daquela mãe para tentar recuperar o seu verdadeiro filho, chegou até o rei Salomão.
Diante do rei, as duas mulheres afirmaram que eram mães do menino. Então, de forma muito sábia, Salomão propôs dividir o menino vivo ao meio com uma espada para que cada mulher ficasse com uma metade dele. Diante dessa proposta que parecia ser absurda, a verdadeira mãe logo renunciou a seu filho, pois ela preferia vê-lo vivo com a mãe impostora, ao invés de morto. Em contraste, a falsa mãe concordou com a divisão do menino, pois de forma completamente egoísta, ela queria que a mãe verdadeira também perdesse seu filho.
Ao ver as reações das duas mulheres, Salomão não teve dúvida a respeito de qual decisão tomar, e devolveu o filho à sua verdadeira mãe. Não se sabe nada sobre o que aconteceu com aquela mãe impostora. Não se sabe se mais tarde ela se arrependeu de sua atitude, ou se ela voltou a ter outros filhos. Sabe-se apenas que por uma fatalidade ela não teve a oportunidade de criar o seu filho, mas o seu comportamento nos faz questionar que tipo de mãe ela teria sido para aquele menino.
Uma mãe que não protegeu seu filho
Outro mau exemplo de mãe na Bíblia é o de uma mulher anônima que viveu em Samaria no tempo do reinado do rei Jorão, filho de Acabe e Jezabel (2 Reis 6:24-30). Naquele período, a cidade de Samaria havia sido sitiada pelo rei da Síria. Consequentemente, a cidade sofreu uma terrível fome, e os habitantes recorreram à medidas extremas para sobreviver.
Nesse contexto, a Bíblia registra que duas mulheres fizeram um acordo terrível. Elas combinaram que matariam e comeriam o filho de uma delas e, no dia seguinte, fariam o mesmo com o filho da outra. Então, a primeira mãe matou e cozinhou seu próprio filho para se alimentarem dele. Porém, quando chegou a vez de a outra mãe cumprir sua parte do acordo, ela se recusou a matar o próprio filho.
A mulher que havia matado seu filho, se sentiu injustiçada, e recorreu ao rei Jorão em busca de justiça. Chocado com a situação, o rei rasgou suas vestes e culpou o profeta Eliseu pelo sofrimento do povo.
A situação em Samaria realmente era desastrosa. Inclusive, a crise era tão grande que uma cabeça de jumento, que era a parte indesejável de um animal considerado imundo pela lei mosaica, era comercializada por um quilo de prata. Mesmo assim, aquela mãe cometeu o impensável, pois pior que seja a situação, geralmente é esperado que uma mãe de verdade dê a própria vida para salvar a vida de um filho, e não o contrário.
Além disso, mesmo a outra mulher que se negou a cumprir o combinado entregando seu filho, também não demonstrou ter um senso de mãe apurado. Ela fez parte daquele acordo terrível e igualmente se alimentou do menino que foi morto.
Todo aquele sofrimento não era por culpa do profeta Eliseu, mas era resultado do pecado dos israelitas. O povo havia quebrado a aliança com o Senhor (cf. Levítico 26:29; Deuteronômio 28:52-57). A verdade era que os israelitas estavam profundamente corrompidos pela idolatria desde os tempos de Acabe e Jezabel.
Uma mãe sanguinária
A perversa princesa Jezabel teve uma filha chamada Atalia. Aparentemente, Atalia levou a perversidade de sua mãe a um nível ainda maior. Quando Atalia se casou com Jeorão, o filho do rei Josafá, ela conseguiu introduzir a idolatria de seus pais no reino de Judá. Além disso, ela também convenceu o seu marido a matar os próprios irmãos.
Mais tarde, quando seu filho Acazias se tornou o único sobrevivente de sua casa após a morte de seu pai e seus irmãos, ele assumiu o trono de Judá sob forte influência de sua perversa mãe, Atalia. Porém, seu reinado durou pouco, pois cerca de um ano depois ele também acabou sendo morto. Atalia, então, se aproveitou da situação para usurpar o trono de Jerusalém.
E foi nesse contexto que podemos entender por que ela foi uma matriarca tão desprezível para sua família. Todos os filhos de Atalia estavam mortos, e tudo que havia restado de sua família eram seus netos. No entanto, de forma completamente insana, Atalia mandou matar os seus próprios netos, com a finalidade de exterminar a linhagem do rei Davi e se perpetuar no poder.
Mas, felizmente, um dos seus netos, que tinha apenas um ano de idade, escapou daquele massacre ao ser salvo por uma tia. O garoto viveu escondido no Templo durante seis anos, até que foi proclamado rei aos sete anos de idade numa revolta liderada pelo sacerdócio de Jerusalém contra Atalia.
Uma mãe manipuladora
Outro mau exemplo de mãe registrado na Bíblia, dessa vez no Novo Testamento, é o exemplo de Herodias. Essa mulher, que descendia do rei Herodes, deixou seu marido para ter um relacionamento com o cunhado, o Herodes Antipas. E a Bíblia diz que quando esse relacionamento imoral foi denunciado pelo profeta João Batista, Herodias tentou destruí-lo a qualquer custo.
A forma que Herodias encontrou de satisfazer seus sentimentos de vingança, foi manipulando a própria filha. Ela deu um jeito de sua filha dançar sensualmente para Herodes Antipas, e conseguiu dele a promessa de que a cabeça do profeta João Batista seria entregue a ela num prato naquela mesma noite.
O que aprendemos com os maus exemplos de mães na Bíblia?
Diante de todos esses maus exemplos de mães, alguém pode questionar por que a Bíblia registra histórias desse tipo. A verdade é que a Bíblia não esconde os erros e os fracassos de seus personagens, e com isso nos dá a oportunidade de reconhecermos a dependência que temos da graça de Deus em nossas vidas.
Distantes do Senhor, as pessoas são capazes de fazer as coisas mais perturbadoras possíveis, até mesmo contra aqueles que deveriam amar e proteger. Estes tristes exemplos, nos ensinam a valorizar a orientação divina para não tomarmos decisões trágicas e imorais que possam afrontar os preceitos do Senhor e destruir nossas famílias.
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