Geral| Governo de MT faz projeto para prorrogar o Fethab e enfrenta resistência do agronegócio
Com informações do G1
Um dos projetos que o
governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), deve enviar à Assembleia
Legislativa nesta quinta-feira (10) é da segunda etapa do Fundo Estadual de
Transporte e Habitação (Fethab). Esse é um dos projetos com a intenção de
melhorar a situação financeira do estado, que, segundo o novo governo, tem
dívidas de R$ 3,9 bilhões.
No entanto, o novo Fethab
não tem sido visto com bons olhos pelo agronegócio. Nessa terça-feira (8), o
presidente da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa),
Alexandre Schenkel, divulgou uma nota informando que a entidade é contra a reativação
do Fethab 2, pretendida pelo governo do estado.
De acordo com o
presidente, diferente do que foi alegado pelo novo governo, o setor não foi
chamado para discutir uma nova contribuição do agronegócio. Os produtores de
algodão ressaltam, no entanto, que os custos em cima da lavoura já são altos e
que é preciso o governo do estado e a classe política conhecer os números do
setor. Apenas com custos de produção, segundo a entidade, estima-se que chega a
R$ 8,5 bilhões por ano.
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O governo alega que os projetos
visam fazer com que o estado se recupere da crise financeira, consiga honrar os
compromissos com os servidores, pagar salários em dia, repassar o duodécimo no
prazo, pagar os fornecedores e repassar dinheiro aos hospitais e municípios.
A diferença do novo
projeto é a previsão de destinação certa de parte do dinheiro. Ocorre que o
agronegócio reclamava que o dinheiro do Fundo, que deveria ser destinado à
construção e manutenção de infraestrutura rodoviária de Mato Grosso, estava
sendo usado para custear outras despesas.
“Esse projeto (do Fethab)
traz algumas alterações, sendo que a maior delas é a garantia de mais de R$ 500
milhões desse fundo arrecadado à infraestrutura, coisa que não estava
acontecendo anteriormente, porque o dinheiro arrecadado caía na Fonte 100 da
Conta única e esse valor estava sendo utilizado basicamente para pagar salário
ou até financiamento de infraestrutura”, disse o governador.
A Associação dos
Produtores de Soja (Aprosoja) chegou a acionar o governo na Justiça, em meados
de 2018, por desvio de finalidade do fundo e pediu a suspensão da cobrança. De
acordo com a Aprosoja, o Fethab 2 arrecadou em torno de R$ 400 milhões só em
2017.
Durante a campanha
eleitoral, em reunião com os candidatos, os empresários do agronegócio pediram
a não prorrogação do Fethab 2, cujo prazo terminou legalmente em dezembro deste
ano.
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