Mato Grosso registra seis vítimas de estupro por dia
| Fonte: G1 Foto: Kemmido/Freepik |
Mato
Grosso registrou 1.832 vítimas de estupro entre janeiro e
outubro de 2025, o que representa uma média de seis vítimas por dia,
conforme levantamento da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT). Se
comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 2.353
vítimas, houve uma queda de 22,14% nos registros.
As
vítimas são majoritariamente do público feminino, que representam 88% dos
casos notificados. A delegada de Polícia Civil, Judá Marcondes, alertou que os
números podem ser ainda maiores, pois casos de violência doméstica e
estupros geralmente são subnotificados.
Mesmo
com a redução, a violência sexual segue em patamar elevado. A taxa de estupros
por 100 mil habitantes em Mato Grosso é de 56,57, considerando a população
estimada de 3.893.659 pessoas.
Quantidade
de vítimas de estupro por sexo
Mulheres
1.620
Homens
212
Conforme
o levantamento, setembro foi o mês com o maior número de casos registrados no
estado, com 298 vítimas. Logo em seguida temos maio com 282 e agosto com 251
As
autoridades afirmam que campanhas de prevenção, ampliação das denúncias e ações
de enfrentamento à violência contra mulheres e crianças continuam sendo
prioridade para reduzir os indicadores.
Andrea
Guirra, presidente da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar
contra a Mulher de Barra do Garças e Pontal do Araguaia, afirma que o problema
não está na legislação, mas na ampliação das políticas de enfrentamento.
"A
gente tem uma legislação muito boa, mas às vezes faltam algumas coisas chegarem
lá na ponta. Tem poucas cidades que tem uma delegacia da mulher no Mato Grosso.
E isso é muito importante, ter núcleo de de atendimento a mulheres vulneráveis
nas delegacias" contou.
A
instituição foi idealizada e estruturada com apoio da sociedade e de diversos
parceiros, buscando garantir acolhimento e segurança às vítimas e familiares
envolvidos no cenário da violência, com atendimento humanizado. Para Andrea,
uma das formas de atuação eficientes é na prevenção desde os anos base.
"Se
a gente não começar a mudar a a começar a na educação mesmo, começar a discutir
isso nas escolas, com as turmas mais novas para mudar essa mentalidade, essa
cultura de violência, esses números não vão baixar", comentou.


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