quarta-feira, 8 de maio de 2024

Pesquisadores desenvolvem estudos para melhorar a produtividade e reduzir emissões de metano na pecuária de MT

Fonte: SEFAZ-MT  Foto por: Arquivo/Pesquisador

 

Pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em parceria com a Universidade Federal de São Carlos e o Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (CENA/USP), conduzem um projeto visando melhorar a produtividade da pecuária e otimizar a emissão de gás metano em Mato Grosso. O estudo, intitulado “Novas Dietas para Bovinos com Base em Espécies Nativas na Amazônia Mato-grossense”, é financiado pelo Governo do Estado, pelo edital nº 010/2021 Pesquisa com Alto Nível de Maturidade Tecnológica (PANMT) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat).

O projeto concentra-se no uso de espécies nativas, como o “Amarelinho” (Chloroleucon acacioides) e o "Bordão de Velho" (Samanea tubulosa), na alimentação animal.


Segundo o coordenador do projeto, doutor Alexandre de Azevedo Olival, além dos possíveis benefícios nutricionais, o manejo correto dessas árvores nas pastagens pode melhorar o bem-estar animal e ter impactos positivos no solo e nas plantas forrageiras.

“É um importante passo para enfrentar os desafios da pecuária em Mato Grosso, onde podemos adotar práticas mais sustentáveis e eficientes, utilizando algumas espécies nativas na alimentação animal, com ótimos resultados, fortalecendo assim o setor pecuário no estado”, destacou o pesquisador

A pecuária desempenha um papel essencial na economia de Mato Grosso, porém, muitas áreas de pastagens encontram-se degradadas, o que dificulta o sistema de produção a pasto e impacta negativamente a biodiversidade. Diante desse cenário, cresce o interesse por alternativas sustentáveis que possam aumentar a produtividade com baixo impacto ambiental.

O projeto é conduzido em três dimensões: avaliação da produção anual e características dos frutos das espécies estudadas, análise da composição dos frutos e dos processos de fermentação in vitro, e avaliação do desempenho e comportamento animal de novilhas alimentadas com os frutos.



Os resultados mostram que o uso do “Amarelinho” e do "Bordão de Velho" na dieta bovina não apenas reduz a emissão de metano, um dos principais gases de efeito estufa associados à pecuária, mas também aumenta o ganho de peso dos animais de corte, contribuindo para uma melhor eficiência produtiva.

A pesquisa representa um avanço significativo para a pecuária em Mato Grosso, oferecendo diretrizes práticas para a implementação eficaz dessas espécies na alimentação animal. O pesquisador destaca o papel fundamental da parceria entre instituições acadêmicas e o apoio de organizações como o Instituto Ouro Verde e a COOPERGUARITA, cooperativa que congrega coletores de sementes e produtores de leite em oito municípios no norte de Mato Grosso.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.