O
Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu denúncia criminal e pediu medidas
cautelares contra envolvidos no esquema investigado pela Operação Carta
Marcada, de 2010. O órgão pede a suspensão de 13 Centro de Formação de
Condutores (CFC), o afastamento de funcionários e a suspensão da habilitação de
pessoas que teriam sido beneficiadas pelo esquema de fraude na emissão de
carteiras de motorista.
A
nova denúncia se deu porque, de acordo com o Ministério Público, mesmo depois
de deflagrada a operação, cujo objetivo era desarticular o grupo criminoso, os
envolvidos buscaram manter a prática fraudulenta.
Ao
todo, são 75 denunciados por crimes como organização criminosa, corrupção ativa
e passiva e falsidade ideológica. O grupo, composto por proprietários de
Centros de Formação de Condutores, captadores de clientes, médicos, psicólogos
e examinadores de direção veicular, agia em Goiás e também nos Estado do Pará,
Tocantins, São Paulo, Mato Grosso, Amazonas e Pará.
Durante
as investigações, ficou comprovado que diversas pessoas obtiveram a Carteira
Nacional de Habilitação (CNH) sem que tivessem sido submetido ao regular
processo de avaliação, mediante pagamento de vantagens indevidas a funcionários
públicos do Detran e proprietários de Centros de Formação de Condutores (CFCs).
A
ação foi deflagrada em 14 de outubro de 2010, após 16 meses de investigações,
pelos promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (antigo GRC) e do Centro de Inteligência do MP (antigo CSI), com o
apoio das Polícias Civil e Militar.
A
denúncia protocolada na 8ª Vara Criminal de Goiânia pede a suspensão do
credenciamento do CFC Goiás, CFC Carajás, CFC Ourilândia, CFC Conexão,
Despachante Arco Verde, CFC Guia, Autoescola Mineiro, CFC Rodrigues, CFC Pai e
Filhos, CFC Goyas, CFC Alternativa, Autoescola Realce e CFC-B Sheck nah.
Outra
medida cautelar requerida é ao afastamento de examinadores do Departamento
Estadual de Trânsito do Pará e suspensão de médicos e psicólogos dos
Departamentos de Trânsito de Goiás, Tocantins, São Paulo, Amazonas e Pará, além
da suspensão da permissão dos condutores beneficiados pelo esquema.
Da Verde Vale FM
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