domingo, 30 de novembro de 2025

Dono de barracão é preso suspeito de furtar e receptar mais de 116 toneladas de soja

Fonte: G1MT Foto: PMMT

O dono de um barracão foi preso neste sábado (29) por furto e receptação de mais de 116 toneladas de soja encontradas no pátio de uma empresa em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. A carga havia sido dada como furtada pelo proprietário, que acionou a Polícia Militar após desconfiar do desvio.

De acordo com a PM, a vítima relatou que, no dia 25 deste mês, havia adquirido a carga e carregado três carretas com destino ao porto de Paranaguá, em São Paulo. Durante o acompanhamento do transporte, no entanto, o dono da carga percebeu inconsistências nas informações repassadas pelos motoristas e passou a suspeitar de que terceiros estariam se passando por eles.

Ainda segundo o empresário, ele conseguiu contato com os motoristas por meio de familiares. Em vídeo, eles confirmaram que a carga havia sido descarregada em um depósito de Rondonópolis. Os caminhoneiros também relataram que receberam orientações para deixar os grãos na cidade e que, no local, foram coagidos pelo suspeito a assinar papéis e notas fiscais.

Com as informações, a equipe da Força Tática foi até o endereço indicado, acompanhada da vítima. No galpão, foram recebidos pelo suspeito. A vítima fez uma chamada de vídeo com os motoristas e apresentou documentos que comprovavam a compra dos grãos armazenados ali.

O suspeito afirmou ser proprietário do barracão e disse que teria comprado a carga de outra empresa, mas não apresentou nenhum comprovante da negociação.

Diante dos indícios de crime, ele recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia de Rondonópolis, onde o caso foi registrado e segue sob investigação.

 


Gestantes de áreas vulneráveis têm risco maior de perder bebê

Fonte: Agência Brasil Foto: Fotorech/Pixabay


O risco de um bebê morrer durante a gestação ou parto é até 68% maior em municípios com situação socioeconômica mais vulnerável. 

Os dados são de uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em conjunto com a London School of Hygiene and Tropical Medicine, Universidade de São Paulo (USP) e Western University, no Canadá.

Além disso, os pesquisadores verificaram que ao longo de 18 anos, a taxa de natimortalidade ficou relativamente estável nas cidades com maior vulnerabilidade, apesar de ter caído naquelas com melhores condições.

O estudo analisou nascimentos no Brasil entre 2000 e 2018, com base em registros oficiais do Ministério da Saúde e relacionou ao Índice Brasileiro de Privação – que classifica os municípios em níveis de privação, considerando renda, escolaridade e condições de moradia.

Conforme artigo publicado na revista BMC Pregnancy and Childbirth, o objetivo foi verificar se o declínio nacional no risco de natimortalidade foi semelhante entre os municípios com diferentes níveis de privação para "identificar áreas que necessitam de maior apoio e desenvolver estratégias específicas para diminuir a natimortalidade nessas regiões mais afetadas".

Dados anteriores já mostravam que a taxa de natimortalidade, no Brasil, caiu 30,7% em 2019, na comparação com o ano 2000, passando de 10,1 a cada 1 mil nascimentos para 7, mas nenhum estudo tinha investigado de forma abrangente as diferenças internas, a nível municipal.

"Agora, as evidências mostram claramente que essa diferença existe e tem impacto real nas taxas de natimortalidade”, enfatiza a pesquisadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz Bahia, Enny Paixão.

Em 2018, último ano com dados incluídos na análise, o Brasil registrou 28,6 casos de fetos que morreram após a 20ª semana de gestação, ou bebês que faleceram durante o parto.

Isso equivale a uma taxa de 9,6 natimortos a cada mil nascimentos. Mas essa mesma taxa cai para 7,5 nos municípios com melhores condições socioeconômicas e sobe para 11,8 nas cidades com maior nível de privação.

Os pesquisadores acreditam que melhorias gerais nas políticas de saúde e em outras áreas como educação e saneamento básico podem explicar a diminuição da taxa média do país.

"Não está claro por que essas intervenções foram relativamente menos eficazes (...) nos municípios mais carentes", diz Enny.

Uma das hipóteses é que esses municípios concentram maior proporção de populações rurais vivendo em áreas remotas, que precisam percorrer grandes distância para acessar serviços de saúde, especialmente os de maior complexidade.  

A pesquisadora Enny Paixão reforça a contribuição de problemas característicos da desigualdade, "incluindo falta de serviços ou dificuldade de acesso e baixa qualidade dos serviços de saúde disponíveis nessas áreas, o que pode fazer com que a atenção pré-natal e durante o parto não seja ideal".

A pesquisadora também pontua que investigar a natimortalidade entre municípios segundo o nível de privação "é fundamental" para identificar áreas que demandam melhorias no acesso e na qualidade da atenção perinatal.

 



sábado, 29 de novembro de 2025

Consumidor terá redução no preço da energia elétrica em dezembro

 

Fonte: Agência Brasil Foto: © Arquivo/Agência Brasil

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (28) que a bandeira tarifária em dezembro passou da vermelha no patamar 1, em novembro, para amarela em dezembro.

Isso significa que a pessoa deixa de pagar R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passa a pagar R$ 1,885.

De acordo com a Aneel, a entrada do período chuvoso no país, a previsão de chuvas para dezembro é superior às chuvas que ocorreram em novembro, na maior parte do país.

"Contudo, essa expectativa de chuvas está, em geral, abaixo da sua média histórica para esse mês do ano. Diante de condições de geração de energia um pouco mais favoráveis, foi possível mudar da bandeira vermelha patamar 1 para amarela. Por isso, o acionamento das termelétricas continua sendo essencial para atender à demanda", informou a Agência.

A Aneel acrescentou “que a geração solar é intermitente e não fornece energia de forma contínua, especialmente no período noturno e nos horários de maior consumo". A redução ocorre após a adoção da bandeira vermelha patamar 1 em outubro e novembro.

Em agosto e setembro, a Aneel havia acionado a bandeira vermelha patamar 2, com adicional de R$ 7,87 por 100 kWh.

Custos extras

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em cores, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

 


Aumento de escorpiões em Alto Taquari acende alerta: moradores devem redobrar cuidados com prevenção

Foto Ilustrativa, reprodução G1

Moradores de Alto Taquari passaram a lidar com uma nova preocupação além das ações de combate ao Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya. O aparecimento de escorpiões em algumas residências da cidade tem gerado alerta e reforçado a necessidade de medidas de prevenção e controle para evitar acidentes.

Segundo relatos de moradores, os aracnídeos vêm sendo encontrados em quintais e até dentro das residências, especialmente com o início do período mais quente do ano, quando a reprodução e a busca por abrigo aumentam.

PREVENÇÃO E CONTROLE: COMO REDUZIR OS RISCOS

De acordo com Aparecido Marden Reis, Fiscal Sanitário e Especialista em Saúde Pública, a prevenção é a principal ferramenta para evitar o avanço desses animais peçonhentos. Algumas medidas simples podem reduzir significativamente o risco de infestação:

• Mantenha os ambientes limpos e organizados

Evite acúmulo de entulhos, lixo, folhas secas e materiais de construção, pois esses locais servem como esconderijo.

• Elimine fontes de alimento

Pragas como baratas e insetos atraem escorpiões. Controlar esses vetores é essencial para diminuir a presença dos aracnídeos.

• Vede frestas e buracos

Conserte rachaduras em paredes, rodapés e vedações em portas e janelas.

• Instale barreiras físicas

Coloque telas em ralos e demais aberturas de água.

• Controle a umidade

Conserte vazamentos e mantenha áreas secas.

• Inspecione roupas e calçados

Antes de vestir roupas ou calçar sapatos guardados, sacuda-os.

O QUE FAZER EM CASO DE CONTATO?

• Não utilize remédios caseiros 

• Utilize objeto pontiagudo para eliminar o animal 

• Capture-o com recipiente plástico 

• Use equipamentos de proteção 

• Em caso de infestação, procure empresa especializada 

O aumento de registros em Alto Taquari reforça a importância da participação da comunidade no combate aos escorpiões, assim como ocorre nas campanhas contra arboviroses.

 


sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Jucemat informa mudanças no processo de emissão de CNPJ a partir de 1º de dezembro

Fonte: Sedec Foto: Reprodução 

 

O processo de emissão do CNPJ deixará de ser um ato exclusivo da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat) a partir do dia 1º de dezembro. A mudança ocorre em razão da Lei Complementar nº 214/2025, uma das normas que regulamentam a atual Reforma Tributária. O novo procedimento vale para todas as Juntas Comerciais do país.

Com a implementação desse novo processo, a pessoa responsável deverá acessar o Módulo de Administração Tributária (MAT), no site da Receita Federal, imediatamente após a aprovação do ato de abertura da empresa realizado na Jucemat. O não cumprimento dessa etapa impede a emissão do CNPJ.

O novo método de emissão também trouxe outras modificações: a partir de 1º de dezembro, o CNPJ não poderá constar como nome empresarial; o CNPJ da empresa não estará no termo de autenticação nem na chancela; e as certidões poderão ser emitidas sem o CNPJ caso sejam solicitadas no período entre a aprovação do ato e o preenchimento do MAT. O prazo para preencher o MAT é de 90 dias.

Para esclarecer dúvidas sobre o novo processo de emissão, a Jucemat realizou uma live na tarde da última quarta-feira (26). A apresentação do novo passo a passo foi conduzida pelo secretário-geral da Junta Comercial, Kenner Langner.

Durante a transmissão virtual, o presidente da Jucemat agradeceu a presença das quase 500 pessoas que acompanharam o evento. “É muito importante este momento para sanar as dúvidas a respeito desse novo procedimento imposto pela Receita Federal. Por isso, estamos dispostos a realizar, em outra ocasião, um treinamento para os nossos amigos contadores e profissionais de áreas afins, para que não haja dúvidas sobre essa nova medida", disse.

O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon/MT), Marco Aurélio, elogiou a iniciativa da Junta Comercial em promover a live. “A Jucemat está se antecipando a algo que poderia se tornar uma dor de cabeça, ao esclarecer os motivos da mudança. Quero parabenizar a instituição, que está sempre um passo à frente. Agora, aguardamos os próximos passos e cobraremos da Receita Federal mais treinamentos", destacou.

O presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC/MT), Aluísio Rodrigues, reforçou a importância da transmissão aos profissionais de contabilidade. “Cabe a nós, contadores, termos o cuidado de verificar se os nossos sistemas estão devidamente adaptados para esta mudança. Por isso, saudamos a Jucemat, em nome do CRC, pela disposição em apresentar, de forma clara, didática e objetiva, o novo passo a passo da emissão do CNPJ. Isso é muito importante para a nossa categoria", disse.

O passo a passo está disponível nas redes sociais da Jucemat: @jucemat_ (https://www.instagram.com/jucemat_/)

A live está disponível no YouTube: https://www.youtube.com/live/JAY9nezEsjA



Vigilância Sanitária interdita parcialmente estabelecimento alimentício em Alto Taquari após denúncias

Foto: Reprodução Internet 

A Vigilância Sanitária de Alto Taquari realizou, nesta semana, a interdição parcial de um estabelecimento do ramo alimentício após o recebimento de denúncias. A ação resultou de uma vistoria in loco feita pelos fiscais sanitários, que identificaram diversas irregularidades relacionadas à organização e ao armazenamento de produtos.

Segundo informações apuradas, durante a inspeção foram constatadas falhas que comprometiam as boas práticas exigidas pelas normas sanitárias. Diante das irregularidades, o responsável pelo estabelecimento foi autuado e devidamente orientado sobre as sanções previstas, além das medidas necessárias para regularizar a situação.

Após regularizar as pendências, o estabelecimento foi liberado.

Embora o Artigo 76, § 1º, do Código Sanitário Municipal permita a divulgação da infração com o objetivo de informar o público consumidor sobre medidas adotadas e possíveis riscos sanitários, os dados de identificação do estabelecimento não foram divulgados pela autoridade sanitária.

A Vigilância Sanitária reforça que mantém ações contínuas de fiscalização para garantir a segurança alimentar e a saúde pública no município.



Em nove estados, polícias mataram 11 pessoas por dia em 2024

Fonte: Noticias ao Minuto Foto: © Getty

Em 2024, 11 pessoas foram mortas por dia pela polícia em nove estados brasileiros, e pelo menos oito delas eram negras. Os dados fazem parte do boletim Pele Alvo, divulgado no início deste mês pela Rede de Observatórios da Segurança sobre os estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.

As nove unidades da federação pesquisadas somaram 4.068 mortes no ano passado, sendo 3.066 pessoas pretas ou pardas. Os pesquisadores ressalvam, entretanto, que não constava a cor ou raça da pessoa morta em mais de 500 registros. Em 2023, o número total de mortes chegou a 4.025.

A disparidade racial também aparece no indicador que mede as taxas de mortalidade a cada 100 mil habitantes de pessoas negras e de pessoas brancas. De forma geral, o estudo conclui que pessoas negras tem 4,2 vezes mais chances de ser mortos pela polícia do que brancos.

Na Bahia, a taxa entre negros ficou em 11,5 mortos pela polícia para cada 100 mil moradores, enquanto, entre brancos, foram 2 para 100 mil.

Outro estado que se destaca em termos de desigualdade, o Pará apresentou mortalidade para negros de 8,1/100 mil, contra 3,2 dos brancos. No Rio de Janeiro, são 5,9 pretos e pardos mortos para cada 100 mil, enquanto os brancos tiveram mortalidade de 1,3.

Além disso, em todos os estados, a proporção de pessoas negras entre os mortos foi superior à proporção delas na população em geral.

Na Bahia, por exemplo, onde 79,7% da população é preta ou parda, essa proporção, entre os mortos, é de 95,7%. O Rio de Janeiro é o estado com a maior diferença: enquanto a proporção de pretos e pardos na população é de 57,8%, pessoas desses grupos foram 86,1% dos mortos.

Metade dos mortos era jovem

O boletim também destaca que 57,1% dor mortos eram jovens, com idades entre 18 e 29, totalizando 2.324 vítimas. Além disso, 297 pessoas eram adolescentes, com 12 a 17 anos quando foram mortas, um aumento de 22,1% em relação a 2023. 

Para a pesquisadora da Rede de Observatórios da Segurança, Francine Ribeiro, os dados comprovam como as forças de segurança desses estados têm atuado em "modo guerra", e não há investimento em prevenção, nem em integração com outros setores, para reduzir a violência.

"As polícias, em todos os estados, têm seguido uma lógica parecida, de enfrentamento letal, com a justificativa de combate ao tráfico de drogas e ao crime. Quando os investimentos são retirados da prevenção, percebemos um desinteresse em resolver o problema na raiz".

"Sem políticas estruturadas de prevenção, conectadas a outras políticas públicas, esse modus operandi não vai mudar e continuaremos a ver esses números aumentando ou se mantendo muito parecidos, sem uma redução efetiva", complementa Francine.

ADPF das Favelas

A Rede de Observatórios da Segurança monitora esses estados desde 2019 e, em seis anos, enquanto a letalidade na Bahia cresceu 139,4%, no Rio de Janeiro as mortes por intervenção policial caíram 61,2%.

Francine Ribeiro credita a redução da mortalidade provocada pelas polícias fluminenses está relacionada à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, mais conhecida como ADPF das Favelas, ação do Supremo Tribunal Federal que estabeleceu medidas para diminuir a letalidade policial no Rio.

"Foi importante para criar limites nas operações nas favelas, impactando positivamente na redução das mortes. Mas isso não se sustentou na última semana, pois, com as mais de 100 pessoas mortas (na Operação Contenção), 2025 será comparativamente mais letal que 2024", ressalva a pesquisadora.

Protesto contra a operação policial que deixou mais de 119 pessoas mortas no Complexo da Penha, em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Estado. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Alta em São Paulo

O estudo também destaca que a letalidade em São Paulo vem escalonando de forma preocupante desde 2022, com alta de 93,8% em três anos.

Francine diz que o estado viveu uma fase de redução nos números, com a utilização de câmeras corporais pelos policiais, mas isso foi revertido, após mudanças no programa que permitiram que as gravações sejam feitas por acionamento, e não de modo contínuo.

"Somou-se a isso a promoção de operações violentas que deixaram muitas pessoas mortas em pouco espaço de tempo. Os números voltaram aos patamares de 2019, antes da expansão das câmeras", complementa.

Bahia tem maior letalidade

Mas a polícia mais letal entre os estados analisados continua sendo a da Bahia, com 1.556 mortes, o que representa 38% do total. Desde 2021, o estado registra mais de 1 mil casos por ano, e quase a totalidade dos mortos são homens negros.

O boletim avalia que parte do aumento está relacionada à resposta das autoridades ao intenso conflito de facções criminosas registrado no estado nos últimos anos e classifica a situação como "uma urgência social".

Recomendações

Os pesquisadores responsáveis pelo estudo deixam recomendações às autoridades:

  • Tornar obrigatório o uso de câmeras corporais para todas as unidades e em todas as operações, incluindo forças especializadas;
  • Eliminar a rubrica "não informado" para a raça/cor das vítimas, classificando o não preenchimento como falha grave;
  • Divulgar publicamente os protocolos de atuação das forças policiais em todo o território nacional.
  • Rever urgentemente o modelo de formação, treinamento e avaliação policial, priorizando a redução da violência e o respeito aos direitos humanos;
  • Instituir um Programa Nacional de Atenção à Saúde Mental do Policial com acompanhamento contínuo e transparente.
  • Desenvolver planos estaduais e municipais com metas claras, indicadores de resultado e cronogramas de execução para a redução da letalidade;
  • Vincular o desempenho das forças policiais ao cumprimento dessas metas, com mecanismos de avaliação e responsabilização institucional;
  • Vincular repasses federais de segurança à adesão e ao sucesso na implementação das políticas de redução da letalidade;
  • Assegurar reparação e apoio às famílias em casos de abuso comprovado e garantir a participação dos familiares nos processos de apuração.

"Política de Segurança Pública é desafiadora em um país como o Brasil, mas repetir estratégias que já não deram certo e desestimular ações que deram certo é contraproducente e leva à insegurança contínua da população", conclui a pesquisadora Francine Ribeiro.



quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Alto Taquari registra 191 casos de arboviroses em 2025; dengue concentra maior número de ocorrências

Foto: Josué Damacena/IOC-Fiocruz

Levantamento realizado pelo Alto Taquari em Pauta aponta que o Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, divulgou a atualização referente às 36 semanas epidemiológicas de 2025, apresentando um panorama detalhado da circulação de dengue, zika e chikungunya no município. No total, 191 casos das três doenças foram registrados ao longo do ano.

A dengue segue liderando as notificações, com 119 casos registrados, representando a maioria absoluta das ocorrências. Do total, 61% são mulheres e 39% homens, segundo o Painel. Um óbito segue em investigação, o que mantém o município em alerta para possíveis agravamentos da doença, especialmente diante do aumento da circulação viral em todo o país.

A zika aparece com 4 casos confirmados, mantendo-se em patamar significativamente inferior às demais arboviroses. A distribuição por gênero indica maior incidência entre mulheres (75%), enquanto 25% dos registros referem-se a homens.

Já a chikungunya contabiliza 68 casos até o momento. Assim como nas demais arboviroses, há predominância de casos entre mulheres (69%), frente a 31% entre o público masculino.

As autoridades de saúde reforçam a necessidade de manutenção das ações de prevenção, como eliminação de focos do Aedes aegypti, uso de repelente e busca precoce por atendimento médico em caso de sintomas. O município também segue ampliando suas ações de vigilância epidemiológica, com monitoramento contínuo e campanhas de orientação à população.



Brasil ultrapassa 12 mil novos diagnósticos de câncer de próstata em 2025

Fonte: Noticias ao Minuto Foto: © Shutterstock

O mês de novembro marca a campanha Novembro Azul, dedicada à conscientização sobre a saúde do homem, com foco especial na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. A iniciativa busca quebrar tabus, ampliar o diálogo sobre o autocuidado masculino e incentivar a realização de exames preventivos que podem salvar vidas.

De acordo com o Painel de Oncologia do Ministério da Saúde (DATASUS), que reúne os registros de diagnósticos oncológicos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o câncer de próstata (CID C61) permanece entre os principais diagnósticos em homens no país. O levantamento aponta a ocorrência de 41.357 casos registrados em 2024 e 12.430 novos diagnósticos apenas entre janeiro e julho de 2025. A maioria dos casos ocorre em homens acima dos 60 anos, faixa etária em que o risco aumenta significativamente.

“Muitos homens evitam procurar o médico por medo, vergonha ou desinformação. É fundamental compreender que o exame preventivo salva vidas. A consulta periódica com o urologista deve começar por volta dos 50 anos ou antes, em casos de histórico familiar da doença”, destaca o Dr. Antonio Neto, urologista do Hospital Japonês Santa Cruz.

O câncer de próstata, geralmente assintomático em seus estágios iniciais, pode ser identificado por meio de exames simples, como o PSA (Antígeno Prostático Específico) e o toque retal. Quando o diagnóstico é feito precocemente, as chances de sucesso no tratamento superam 90%.

Além da detecção precoce, o urologista reforça que a campanha Novembro Azul é um momento para repensar o estilo de vida e valorizar o autocuidado, incluindo alimentação balanceada, prática regular de atividade física, controle do estresse e abandono do tabagismo. “A saúde do homem vai muito além da próstata. É preciso olhar para o corpo e a mente como um todo. Cuidar do coração, da saúde metabólica e da saúde emocional é essencial para garantir bem-estar e longevidade. A prevenção é uma escolha diária”, ressalta o Dr. Antonio.

Tratamento

Quando diagnosticado precocemente, o tratamento do câncer de próstata apresenta altas taxas de cura e pode incluir cirurgia ou radioterapia, dependendo do estágio da doença e das condições de saúde do paciente. “O mais importante é que cada paciente seja avaliado individualmente, para que possamos escolher a abordagem mais eficaz, minimizando efeitos colaterais e preservando a qualidade de vida”, conclui.

 


quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Anvisa aprova registro de vacina 100% nacional contra dengue

Fonte: Agência Brasil Foto: Takeda/Divulgação 

 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quarta-feira (26) o registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) da vacina da dengue produzida pelo Instituto Butantan. A intenção é começar a aplicação da doses em 2026, de forma gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Segundo o Instituto Butantan, já há 1 milhão de unidades da vacina contra a dengue prontas para distribuição. Este é o primeiro imunizante no mundo de apenas uma dose. A estimativa do Butantan é ter disponível mais de 30 milhões de doses em meados de 2026.

“Hoje é um dia de alegria, de vitória da vacina, de vitória da ciência, de vitória da cooperação entre o SUS brasileiro e de suas instituições públicas que estão espalhadas pelo país, entre elas o Instituto Butantan”.

Padilha, ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ressaltou a qualidade da vacina contra a dengue.

“Sabemos já dos dados publicados, sabemos da segurança dessa vacina. Estamos falando de um hat-trick: é uma vacina 100% brasileira, tem capacidade de proteção ampla e é uma dose apenas”.

A nova vacina será integrada ao Programa Nacional de Imunização (PNI). De acordo com o governo, o ministério apresentará a novidade já nesta quinta-feira (27) à Comissão Tripartite, formada por secretários estaduais e municipais de saúde, bem como a estratégia de incorporação.

“Queremos começar a utilização dessa vacina no começo do calendário vacinal de 2026”, revelou o ministro.

Segundo o Instituto Butantan, já há 1 milhão de unidades da vacina contra a dengue prontas para distribuição. Este é o primeiro imunizante no mundo de apenas uma dose. A estimativa do Butantan é ter disponível mais de 30 milhões de doses em meados de 2026.



Governo de MT realiza 1º Feirão SER Família Habitação com 1,5 mil imóveis disponíveis e subsídio de até R$ 25 mil

Fonte: Secom-MT Foto:  Dan Lima / MT Pa

 

O Governo de Mato Grosso vai realizar o primeiro Feirão SER Família Habitação nos dias 5 e 6 de dezembro, no estacionamento do Shopping Pantanal, em Cuiabá. Ao todo, serão disponibilizados mais de 1,5 mil imóveis para aquisição nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande, com subsídio estadual de até R$ 25 mil por meio da MT Participações e Projetos (MT Par).

Além da possibilidade de fechar negócio, as pessoas terão a oportunidade de tirar dúvidas sobre o programa e até mesmo fazer a inscrição no Sistema Habitacional de Mato Grosso (Sihab-MT). Estarão nos estandes da feira representantes do governo estadual, das construtoras, da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Governo Federal.

Idealizado pela primeira-dama Virginia Mendes, o SER Família Habitação já beneficiou mais de 30 mil famílias, sendo que 15 mil foram na modalidade Entrada Facilitada, que é operacionalizada pela MT Par. O subsídio do programa é utilizado para abater no valor da entrada da compra do primeiro imóvel.

“O programa cresceu muito e, agora, vamos organizar um evento para que as pessoas possam sanar suas dúvidas e, se possível, sair definitivamente do aluguel. Eu sei a importância da casa para uma família. Ela representa segurança, esperança e dignidade”, afirma Virginia Mendes.

Nos dois dias de evento, os atendimentos acontecem entre as 10h e as 22h, horário de funcionamento do shopping. Segundo o presidente da MT Par, Wener Santos, o local foi escolhido estrategicamente porque é um ponto de convergência e tem fácil acesso, seja por transporte próprio, seja por transporte público.

“Recebemos diariamente várias perguntas sobre como acessar o programa e percebemos que estava na hora de fazer uma espécie de mutirão para tirar dúvidas e ajudar as pessoas que querem adquirir uma moradia própria”, explica Santos.

Um dos diferenciais do feirão será a oportunidade de ver todos os imóveis disponíveis e escolher aquele que tiver a melhor proposta ou localização, conforme a necessidade de cada família.

Vale lembrar que o SER Família Habitação, na modalidade Entrada Facilitada, oferece um subsídio de até R$ 25 mil para a família aplicar no valor da entrada do imóvel. O valor do benefício pode ser somado ao subsídio do programa federal de habitação – o Minha Casa, Minha Vida – e também às vantagens do uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de acordo com as regras da Caixa Econômica Federal (CEF).

O programa SER Família Habitação tem a parceria da União e tem como agente financiador a Caixa Econômica Federal.



Taxa inédita de abstinência: 64% dos brasileiros declaram que não beberam álcool em 2025

Fonte: G1 Foto: Adobe Stock

 

A maior parte dos brasileiros (64%) declarou não beber em 2025, um aumento em relação a 2023, quando 55% disseram não consumir álcool, de acordo com a pesquisa Ipsos-Ipec, a pedido do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) para a sétima edição da publicação Álcool e a Saúde dos Brasileiros: Panorama 2025.

A abstinência de álcool aumentou de 46% para 64% entre as pessoas de 18 a 24 anos e de 47% para 61% entre as pessoas de 25 a 34 anos.

Os maiores aumentos em relação à abstinência ocorreram, ainda, entre indivíduos com ensino superior (de 49% para 62%), moradores da região Sudeste (de 51% para 62%) e das classes A/B (de 44% para 55%), sendo mais acentuado nos municípios localizados em regiões metropolitanas e capitais.

A pesquisa apontou ainda uma queda na frequência do consumo, com redução de 6 pontos percentuais, na ingestão de bebida alcoólica uma vez por semana ou a cada quinze dias. Entre os bebedores, acima de um terço (39%) consome de uma a duas doses por ocasião.

Como foi feita a pesquisa

Foram realizadas 1.981 entrevistas em âmbito nacional, com:

  • Homens e mulheres
  • De 18 anos ou mais
  • Das classes socioeconômicas A, B, C e DE

A margem de erro máxima foi de dois pontos percentuais, com 95% de intervalo de confiança. Os dados foram ponderados para representar a população adulta brasileira.

O levantamento foi conduzido por meio de entrevistas domiciliares, realizadas em dias úteis (períodos diurno e noturno) e fins de semana, para garantir a presença do público-alvo em casa.

Abstinência cresce, mas consumo abusivo ainda preocupa

Apesar da redução do consumo e da ampliação da abstinência, o consumo abusivo ainda é um desafio para a saúde pública.

Entre os bebedores abusivos, 82% acreditam consumir de forma moderada, enquanto apenas 9% reconhecem que exageram e precisam mudar.

O psiquiatra e presidente do CISA, Arthur Guerra, alerta que a interpretação errada do próprio padrão de consumo é um dificultador para a mudança de hábito:

“Ser mais tolerante ao álcool, ou seja, beber muito e não sentir os efeitos do álcool, não significa ser mais resistente ou estar protegido dos prejuízos do álcool. Pelo contrário, precisar aumentar a quantidade de álcool para atingir os efeitos desejados é um sinal de alerta”, explica.

Os grupos mais vulneráveis

O levantamento mostrou que o consumo pesado de álcool (7 doses ou mais por ocasião) é mais prevalente entre:

  • O sexo masculino (26%),
  • Na faixa etária de 25 a 44 anos (54%)
  • Pessoas com ensino médio (25%)
  • Pessoas das regiões Norte/Centro Oeste (31%)

Mortalidade e internação de brasileiros provocados pelo uso nocivo de álcool

A publicação mostra também a atualização dos dados sobre mortalidade e internação de brasileiros provocados pelo uso nocivo de álcool, com base em dados disponibilizados pelo Datasus. Entre os destaques da análise estão:

  • Óbitos atribuíveis ao álcool: em 2023, foram registradas 73.019 mortes associadas ao uso de álcool – um crescimento de 10,2% entre 2010 e 2023, com uma taxa de 34,5 óbitos por 100 mil habitantes. Quinze estados estão acima do índice nacional, sendo as maiores taxas no Espírito Santo (47), seguido por Paraná (40,7), Piauí (41,7) e Tocantins (41,9).
  • Internações atribuíveis ao álcool: em 2024, o Brasil registrou 418.467 hospitalizações relacionadas ao uso de álcool, um aumento de 24,2% em comparação com 2010. O país atingiu uma taxa de 196,8 internações por 100 mil habitantes e 11 estados estão acima do índice nacional. Os maiores índices foram registrados no Paraná (282,1), seguido por Espírito Santo (267,3) e Mato Grosso do Sul (256,3).

Segundo Mariana Thibes, doutora em sociologia e coordenadora do CISA, os dados confirmam que os jovens brasileiros, assim como é observado internacionalmente, estão bebendo menos. “Além do aumento da abstinência, o consumo abusivo de álcool na faixa etária dos 18 a 24 anos diminuiu de 20% para 13% em dois anos e a maioria deles, quando bebe, consome uma ou duas doses por ocasião”, afirma.