terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Inscrições para primeira seleção do Prouni 2023 começam nesta terça

EDUCAÇÃO 

Fonte: Agência Brasil   Foto: 


As inscrições para a primeira seleção do Programa Universidade Para Todos (Prouni) começam nesta terça-feira (28) e seguem  até sexta (3). Serão disponibilizadas, ao todo, 288.112 bolsas, sendo 209.758 integrais e 78.354 parciais (50% do valor da mensalidade do curso).

A previsão é de que o resultado da primeira chamada seja divulgado no dia 7 de março. Para participar, é preciso ter feito pelo menos uma das duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média e nota acima de zero na redação, além de não ter participado como treineiro.

Outra exigência é que o candidato não tenha diploma de curso superior. Para obter a bolsa integral, é obrigatório comprovar renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo ou de até 3 salários mínimos para a bolsa parcial. 

Confira o cronograma completo da primeira edição do Prouni 2023 a seguir:

- Inscrição: de 28 de fevereiro a 3 de março

- Resultado da 1ª chamada: 7 de março

- Comprovação das informações da inscrição para os pré-selecionados em 1ª chamada: de 7 a 16 de março 

- Resultado da 2ª chamada: 21 de março

- Comprovação das informações da inscrição para os pré-selecionados em 2ª chamada: de 21 a 30 de março 

- Lista de espera (prazo para manifestar interesse): 5 e 6 de abril 

- Resultado: 10 de abril

- Comprovação das informações da inscrição para os candidatos que manifestaram interesse em participar da lista de espera: de 10 a 19 de abril.



Vítima perde mais de R$ 150 mil após ter conta bancária invadida, em Mineiros

MINEIROS- GO 

Fonte: Verde Vale FM  Foto: Reprodução Verde Vale FM 



Um homem de 29 anos, morador de Mineiros (GO), foi vítima de um golpe, e teve mais de R$ 150 mil transferidos de sua conta bancária para contas de terceiros de forma indevida, via pix. O boletim de ocorrência foi registrado neste fim de semana.

Segundo o relato, inicialmente a vítima teve o seu plano da operadora de telefonia móvel cancelado, supostamente pelos estelionatários.

Após ir até a loja física da operadora, e conseguir reativar o plano, a vítima acessou seu aplicativo do banco pelo celular, e percebeu que tinham sido realizadas diversas transferências via PIX, sem o seu conhecimento. Juntos, os PIX totalizaram a quantia de R$ 151,2 mil.





segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

SES alerta para importância de reforçar o combate à dengue durante período chuvoso

SAÚDE 

Fonte: SES- MT  Fonte: SES-MT


A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) alerta a população e os gestores municipais para que intensifiquem o combate à dengue, zika e chikungunya durante o período chuvoso. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) mostram que, neste ano, Mato Grosso já registrou 1.393 casos prováveis de dengue e um óbito pela doença.

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, enfatiza que não existe uma vacina ou um medicamento que faça a prevenção da dengue. Para o enfrentamento da doença, é imprescindível a manutenção dos cuidados diários.



“É preciso o apoio maciço da população, pois sabemos que cerca de 80% dos criadouros do mosquito estão nas residências. Por isso, é preciso reforçar o alerta para não deixar a água parada dentro de casa ou nos quintais”, reforça o gestor.

Para a evitar a proliferação do mosquito e a formação de criadouros, é necessário inspecionar os ambientes externos e internos de casa, manter a caixa d’água fechada e limpa, cuidar do lixo e dos vasos de plantas, trocar diariamente a água dos recipientes dos pets, colocar água sanitária nos ralos e tampá-los após secar e evitar a exposição de qualquer objeto que concentre água parada.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-MT, Alessandra Moraes, explica que, no verão – período que vai de 21 de dezembro até 20 de março –, o número de arboviroses aumentam em decorrência da chuva e do acúmulo de criadouros do aedes aegypti nas residências e terrenos baldios.

A gestora acredita que o trabalho conjunto entre Estado, municípios e população contribuirá para o enfrentamento da doença. “É crucial assegurar que a limpeza urbana, realizada pelas prefeituras, e a limpeza individual, realizada pelos moradores, sejam diárias. É necessário também que os municípios mantenham a Atenção Básica atenta aos sintomas dos pacientes que chegam no pronto-atendimento”, pontua a superintendente.

Conforme dados do Informe Epidemiológico nº 1, que considera o período de 01 de janeiro a 04 de fevereiro de 2023, Mato Grosso registrou 1.393 casos prováveis de dengue, um óbito e atingiu 39,0 de incidência para cada 100 mil habitantes.

Os 20 municípios com maior registro são: Primavera do Leste (312), Colíder (127), Sorriso (67), Sinop (58), Nova Xavantina (57), Rondonópolis (55), Juína (35), Cotriguaçu (33), Nova Mutum (32), Poxoréo (28), Barra do Garças (26), Alta Floresta (23), Confresa (22), Marcelândia (20), Campo Novo do Parecis (19), Pontal do Araguaia (19), Diamantino (18), Cuiabá (16), Água Boa (15) e Canarana (15). Confirma a lista completa dos municípios no Informe Epidemiológico Nº 015 neste link.

Segundo o Informe, Mato Grosso registrou ainda em 2023 sete casos prováveis de zika e 244 casos prováveis de chikungunya.


Ações do Estado

A fim de evitar mais casos de dengue no Estado, a SES realiza oficinas de atualização em manejo clínico aos municípios que compreendem as 16 regionais de saúde de Mato Grosso. Paralelas às oficinas de atualização, a Secretaria também auxiliou os municípios na construção do Plano Regional e Municipal de Contingência as arboviroses dengue, zika e chikungunya e tem mantido a distribuição de insumos estratégicos, como inseticidas e larvicidas utilizados como medida complementar ao controle do vetor.

O órgão estadual ainda tem realizado controle de qualidade na identificação das larvas do Aedes, encontradas e coletadas nos municípios, além de cooperação técnica.

Sintomas

A dengue e chikungunya são transmitidas pelo mesmo mosquito e apresentam sintomas parecidos. Os principais sintomas são: febre e náuseas, dor abdominal, exantema (irritação da pele), dor de cabeça, dor retro-orbital (dor ao redor dos olhos) e principalmente dor abdominal.



IPVA, ICMS e outras dívidas com o Governo de MT podem ser regularizadas com descontos de até 95%

ECONOMIA 

Fonte:  Sefaz -MT Foto: Reprodução Sefaz -MT


Os contribuintes têm até a próxima terça-feira (28.02) para negociar dívidas em atraso com o Governo de Mato Grosso, com descontos de até 95% nos juros e multas. As facilidades são para o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis (ITCD) e doação de quaisquer bens ou direitos.



“É um desconto importante para que a pessoa possa regularizar a situação com o Estado, evitando ações de execução fiscal que podem resultar em bens penhorados, bens arrestados, contas bloqueadas, além das negativações normais porque a pessoa estará em débito com o Estado e, consequentemente, fica impedida de fazer negociações, firmar contratos, transferir bens, e até de negociar com o Estado”, pontua o procurador do estado Jenz Prochnow Junior.

Os programas de recuperação de créditos Refis e Regularize também permitem o parcelamento das dívidas. Os benefícios são estendidos às multas aplicadas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon), Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager).

Para a regularização, o contribuinte deve acessar o site da Procuradoria Geral do Estado (PGE) ou o aplicativo MT Cidadão.

Aqueles que estiverem com o nome na dívida ativa não podem obter a certidão negativa de débitos emitida pela PGE e pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).



Entre os documentos exigidos para a negociação de pessoa física estão a cópia do RG e CPF do protestado; instrumento de mandato, se for o caso, acompanhado com a cópia do RG e CPF do procurador. Já para parcelamento de pessoas jurídicas é necessário a cópia do contrato social e a última alteração social da empresa; RG e CPF do representante legal constante no contrato social; instrumento de mandato, se for o caso, acompanhado com a cópia do RG e CPF do procurador.

Além do atendimento online, a PGE também oferece atendimento presencial na sede da procuradoria, nas agências fazendárias do interior do Estado e unidades do Ganha Tempo.

A PGE está localizada na Avenida República do Líbano, nº 2258 - Cuiabá. O horário de atendimento é das 8h às 18h e os agendamentos deverão ser realizados por e-mail ou telefone da Agência Fazendária do domicílio tributário do interessado.

Consultas de processos, negociação de dívida ativa de IPVA e licenciamento podem ser feitos pelo Sistema de Gerenciamento de Dívida Ativa - SGDA.

Serviço


HTLV: entenda o que é o vírus “primo” do HIV, que afeta até 2,5 milhões no Brasil

SAÚDE

Fonte: CNN Brasil  Foto: Divulgação/Opas


A infecção pelo HTLV pode ser silenciosa. Entre 5% e 10% das pessoas infectadas pelo vírus podem manifestar quadros graves como doenças da medula espinhal, doença neurológica degenerativa grave ou leucemia das células T.

No Brasil, entre 800 mil e 2,5 milhões de pessoas vivem com o vírus, segundo estimativas do Ministério da Saúde. No entanto, o número de casos pode ser ainda maior uma vez que o diagnóstico acontece em na maior parte das vezes durante a doação de sangue.

O HTLV, chamado tecnicamente de vírus linfotrópico de células T humanas, é um tipo de retrovírus, assim como o HIV, vírus da imunodeficiência humana. O HTLV foi o primeiro retrovírus humano com capacidade de levar ao desenvolvimento de câncer descoberto na década de 1980.

De acordo com o Ministério da Saúde, a detecção só foi possível a partir de 1983, quando foram introduzidos testes sorológicos para a avaliação da disseminação do vírus. No Brasil, estes testes foram introduzidos em 1993, sendo obrigatórios em todos os bancos de sangue.

O vírus é classificado a partir de dois grupos: o HTLV-I e o HTLV-II. A transmissão acontece a partir das seguintes situações:

  • Transmissão vertical (de mãe infectada para o bebê) durante a amamentação e raramente durante a gestação;
  • relação sexual desprotegida (sem uso de camisinha) com parceiro infectado;
  • compartilhamento de seringas e agulhas.


“O HTLV é um vírus que infecta células do sistema de defesa chamadas linfócitos T e pode causar diversas síndromes. Entre as mais graves está a mielopatia associada ao HTLV, também chamada de paraparesia espástica tropical, que afeta a medula espinhal, provocando dificuldades de movimento, até mesmo com perda da locomoção”, explica a pesquisadora Ana Carolina Paulo Vicente, do Laboratório de Genética Molecular e Microrganismos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).

“Outro quadro importante é a leucemia de células T humana do adulto, um tipo de câncer sanguíneo associado ao vírus. Além disso, o vírus está ligado a síndromes dermatológicas, oftalmológicas e urológicas”, completa.

A pesquisadora destaca que medidas podem ser adotadas com potencial de reduzir significativamente os novos casos.

“Uma das ações fundamentais é incluir a triagem para o HTLV nos exames do pré-natal em países com transmissão do vírus. Dessa forma, é possível fazer o aconselhamento das gestantes com relação ao aleitamento materno, que é a via de transmissão mais expressiva atualmente”, afirma.

Nos bancos de sangue, o Brasil foi um dos pioneiros ao implantar a triagem para o HTLV ainda no começo dos anos 1990, mas essa ainda é uma questão em alguns países.

“Medidas como o não compartilhamento de seringas e uso da camisinha nas relações sexuais também são importantes para a proteção, da mesma forma que ocorre com o HIV”, pontua Ana.

Sintomas

A maioria das pessoas não apresenta sintomas, mas aquelas que apresentam podem desenvolver manifestações clínicas graves, como alguns tipos de câncer, problemas musculares, nas articulações, nos pulmões, na pele, nos olhos.

A infecção também pode levar ao desenvolvimento da síndrome de Sjögren, uma doença autoimune que destrói as glândulas que produzem a lágrima e a saliva.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é realizado laboratorialmente, a partir de imunoensaios e testes complementares, quando indicado.

Quando diagnosticado HTLV na gestação, recomenda-se não amamentar. Nesses casos, deverá ser feito o uso de fórmula láctea para evitar a transmissão do vírus para a criança.

Ainda não foi descoberta uma solução terapêutica definitiva para eliminar o vírus completamente do organismo infectado.

Por isso, o tratamento é direcionado de acordo com a doença relacionada ao HTLV. A pessoa pode ser acompanhada nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e, quando necessário, receber seguimento em serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce de doenças associadas ao HTLV.




Gincana do Dia da Mulher em Alto Taquari vai dar R$ 7 mil em premiações

ALTO TAQUARI

Foto: 4º Gincana da Mulher, 2022. ASCOM



A Prefeitura de Alto Taquari por meio da Secretaria de Esporte e Cultura sancionou R$ 7 mil reais em premiação com a Gincana do Dia da Mulher alusivo às comemorações do Dia Internacional da Mulher comemorado no dia 08 de março. A Lei nº 1346/2023 que autoriza o poder executivo a realizar o pagamento circulou no Jornal Oficial Eletrônico dos Municípios - Mato Grosso do dia 24.02.

De acordo com a lei, o poder Executivo autorizado a proceder ao pagamento de premiações em dinheiro no valor de até R$ 3.000,00 (três mil reais) para as vencedoras das provas que serão realizadas na Gincana da Mulher.

Já o valor de até quatro mil reais será utilizado para aquisição de 04 (quatro) bicicletas que serão distribuídas a partir de um sorteio que será realizado entre as participantes do evento.




domingo, 26 de fevereiro de 2023

Agronegócio no Brasil dá salto em 20 anos e hoje equivale ao PIB da Argentina

AGRO

Fonte: CNN Brasil  Foto: Rafael Silvério

Safra de algodão 2022, Alto Taquari - MT

A safra recorde de mais de 300 milhões de toneladas esperada para o Brasil neste ano evidencia a proporção que o agronegócio tomou dentro da economia brasileira.

Entre 2002 e 2022, o PIB agrícola do país saltou (em números deflacionados) de US$ 122 bilhões para US$ 500 bilhões – o equivalente a uma Argentina.

De acordo com o economista José Roberto Mendonça de Barros, o agronegócio brasileiro apresentou um crescimento extraordinário nos últimos 40 anos, com destaque para os últimos 20 anos.

“Diferentemente do que aconteceu no setor urbano, seja na indústria ou em serviços, o crescimento do agronegócio é persistente e essa é a primeira lição que o agro dá. Crescer sempre é mais importante do que crescer muito em alguns anos e cair nos anos seguintes. É um crescimento sustentável, o que torna o agronegócio bastante competitivo.”


Esse crescimento, segundo especialistas, está calcado no investimento em pesquisa e nas políticas públicas para o campo, que têm propiciado sucessivos recordes na produção agrícola.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve romper este ano a barreira das 300 milhões de toneladas de grãos, firmando-se como o terceiro maior produtor mundial de cereais, atrás da China e dos Estados Unidos.

Em 20 anos, a safra de grãos subiu de 120,2 milhões de toneladas para 310,6 milhões, uma alta de 258%. Já a área plantada passou de 43,7 milhões para 76,7 milhões de hectares, um aumento de 76,5%.

Os números mostram que a produção cresceu três vezes mais do que a área ocupada pelas lavouras, o que se deve ao ganho de produtividade, graças a investimentos em pesquisa e tecnologia.

O destaque nos campos brasileiros é a soja, oleaginosa que se adaptou aos diversos microclimas do País, sendo cultivada tanto em regiões mais frias do extremo Sul quanto no clima tropical do Norte e do Nordeste.

O Brasil ultrapassou os EUA e se tornou o maior produtor do grão, sendo também hoje o principal exportador.

Enquanto a safra 2002/03 rendeu 47,4 milhões de toneladas de soja, a atual terá produção de 152,9 milhões, um aumento de 322%, segundo a Conab. O milho, usado na rotação de culturas com a soja, cresceu 260%, de 47,4 milhões para 123 milhões de toneladas.

O PIB do agronegócio, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo, só será divulgado no próximo mês, mas deve ficar próximo de US$ 500 bilhões, segundo a pesquisadora Nicole Rennó, da área de macroeconomia do Cepea.

A queda no valor ocasionada pelos elevados custos do setor foi, em parte, compensada pelas boas safras.

Dobrando a média

A engenheira agrônoma Tamires Tangerino, de 33 anos, consultora técnica da Stoller, empresa especializada em fisiologia vegetal e nutrição, tem aplicado seus conhecimentos para ajudar produtores do sudoeste paulista a atingir altos níveis de produtividade.

No último dia 14, em um plantio comercial de soja da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, ela obteve produtividade de 6.672 kg por hectare, o dobro da média nacional e acima da excelente média regional, de 4.800 kg/ha – uma mostra do impacto da pesquisa como motor do crescimento.

Soja e milho na mesma área

Na área da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito, é possível ter uma ideia da expansão da soja no sudoeste paulista. Em 2005, a cooperativa tinha 55 agricultores associados e nenhum tinha a soja como cultura principal – o feijão era o carro-chefe, e o milho só era plantado no verão.

Hoje, com 102 associados, a cooperativa planta 24 mil hectares com soja, com produção média de 80 sacas por hectare e, no caso do milho, mais de 70% do total é cultivado na safrinha.

Um dos cooperados, o produtor Walter Kashima, de 48 anos, que cultiva cerca de 2,5 mil hectares de soja próximo à área urbana de Capão Bonito, colhia na última quinta-feira (16) uma média 80 sacas (4.800 quilos) de soja por hectare.

Na mesma área, ele estava semeando o milho que será colhido entre junho e julho. “Estamos aproveitando a trégua dada pelas chuvas que têm sido insistentes. Esse solzinho está sendo uma bênção”, disse Kashima.

Tropicalização

A virada na agricultura brasileira começou com o advento da soja no Sul do País, segundo o coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getulio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura.

“Foi o grande pontapé inicial, pois a soja, de ciclo mais curto, permitiu fazer uma cultura de inverno depois dela, como o trigo, aveia ou sorgo. A soja possibilitou a segunda safra. Com o tempo, esse processo evoluiu para outras regiões do País, com outras características”, explicou.

Nos Estados onde não chove no inverno, como boa parte do Sudeste, do Centro-Oeste e do Nordeste, não era possível plantar uma segunda cultura, mas isso não deteve os produtores, segundo Rodrigues.

“Quando era ministro da Agricultura (de 2003 a 2006, no primeiro governo Lula), eu lancei com a Embrapa a integração lavoura-pecuária, mais tarde lavoura-pecuária-floresta, permitindo fazer duas culturas também em regiões onde não chove no inverno, basicamente por causa do pasto. Você planta milho, soja ou algodão, que são culturas de verão, e depois da colheita você tem o pasto formado para o gado.”

A evolução prosseguiu com a irrigação, que possibilitou ao produtor fazer três culturas efetivamente agrícolas, como soja, milho e feijão, irrigando quando é preciso.

“É uma soma de processos de evolução ao longo do tempo que começou com a soja, uma cultura praticamente nova no País”, afirma Rodrigues.

Ele afirma se lembrar que, em 1965, quando se formou em Economia, havia no Brasil só 400 mil hectares de soja, produzindo 1.200 quilos (por hectare). Hoje tem 44 milhões de hectares, produzindo 3.600 quilos.

“A evolução tecnológica, a tropicalização da soja e de outras culturas permitiram esse progresso espetacular na produtividade. Vamos evoluir muito mais, pois temos o principal, o empreendedorismo do agricultor brasileiro. O céu é o limite”.

Para Mendonça de Barros, além dos recursos naturais, o Brasil evoluiu em tecnologia no campo. “Temos pesquisa, difusão de informação e competência das pessoas. Nosso setor agropecuário é aberto ao mundo, não tendo problema de limitações de mercado, por isso pode aumentar significativamente a produção. Organismos internacionais projetam que, diante do crescimento da demanda global de alimentos nos próximos 10 ou 15 anos, o Brasil será provedor de pelo menos 30% a 35%.”



Meninas de 10 a 14 anos de idade são maioria das vítimas de estupros

BRASIL 

Fonte: Agência Brasil Foto: Marcelo Casal


No Brasil, a maioria (67%) dos 69.418 estupros cometidos entre 2015 e 2019 tiveram como vítimas meninas com idade entre 10 e 14 anos. É o que destaca o estudo Sem deixar ninguém para trás - gravidez, maternidade e violência sexual na adolescência, do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz Bahia (Fiocruz). Também assinam a pesquisa o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA).

O que subsidiou o levantamento foram dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-Datasus), do Ministério da Saúde. No período de análise, adolescentes com idade entre 15 e 19 anos representam 33% do total de vítimas de estupro.

Ainda sobre o perfil das vítimas, o que se constata é que prevalecem as meninas pardas (54,75%). Logo depois, aparecem garotas brancas (34,3%), pretas (9,43%) e, por fim, indígenas (1,2%).

Outro dado que se consolida mais uma vez, como em outros estudos, é o que diz respeito à relação entre as vítimas e os agressores. De acordo com a pesquisa, 62,41% dos autores do crime eram conhecidos das vítimas, contra apenas 17,22% de desconhecidos.

Por meio das notificações reunidas pelo governo federal, observam-se, ainda, três dados de relevância. O primeiro é o fato de que o estupro costuma acontecer na casa das vítimas. No total, 63,16% dos episódios se deram nesse contexto. Em 24,8% das vezes, o local era público e, em 1,39% dos casos, o estupro ocorreu em uma escola.

"Evidencia-se que adolescentes nem sempre encontram na família um lugar de proteção", mostra o estudo.

Para a gestora do Projeto Bem Me Quer, do Hospital da Mulher, psicóloga Daniela Pedroso, é preciso ter em vista que, assim como em relacionamentos entre mulher e companheiro, em que ele a agride, as emoções das vítimas menores de idade se misturam, quando o agressor é alguém de seu círculo. Em muitos casos, o agressor causa confusão de sentimentos na vítima, inclusive por propor que ela guarde para si o ocorrido, como se se tratasse de um acordo de confiança que não pode ser rompido, já que a consequência seria perder o afeto do agressor.

"Estamos falando de agressores conhecidos, pessoas que muitas vezes também provêm coisas boas, positivas para essas crianças. Por isso é que é tão importante cuidar disso, porque a gente está falando de algo que é tratado pelo agressor sexual como um segredo, algo que não pode ser contado", alerta.


"O abuso sexual da criança é crônico e recorrente. A gente está falando da pessoa que devia protegê-la. Esse é um dado que sempre surge e que ainda choca muito, porque é a ambivalência não só do sentimento da criança, mas também da ambivalência do comportamento do agressor", complementa Daniela, que hoje coordena o Ambulatório de Violência Sexual na unidade e que trabalha no local há 26 anos.

Na avaliação da psicóloga, a qualidade no atendimento é um fator capaz de definir a permanência das vítimas no hospital, conforme as recomendações. Segundo ela, além de oferecer o tratamento de profilaxia, que as protege contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e tem maior efeito em uma janela de 72 horas após o estupro, o Hospital da Mulher também oferece cuidados em outras áreas importantes. São eles o encaminhamento a assistentes sociais, que orientam e acolhem, e as consultas com pediatras ou ginecologistas da equipe do ambulatório e com psicólogos. As vítimas têm direito a ter atendimento mesmo sem apresentar boletim de ocorrência, ou seja, basta que se dirijam à unidade.

"A maneira como elas são recebidas pelo serviço vai impactar não só na adesão ao tratamento como também em todo o processo que passam com a gente", ressalta Daniela.

Sobre a contribuição dos psicólogos, a gestora avalia que se encontra em atenuar o sofrimento psíquico, a partir da transformação da memória em torno do estupro que se vivenciou. "As pessoas perguntam, a minha filha vai esquecer? A gente não consegue fazer com que se apague isso da memória dessa criança, dessa adolescente, mas a gente precisa trabalhar da melhor forma possível para que isso não se torne uma lembrança recorrente, cotidiana. Acho que isso é bem importante. E também que ela possa ressignificar esse trauma".



Queda da cobertura vacinal contra HPV representa risco de aumento de casos de câncer

SAÚDE

Fonte: CNN Brasil Vide o: CNNBrasil


A cobertura vacinal contra o HPV apresenta queda nos últimos anos no Brasil.

Em 2019, 87,08% das meninas brasileiras entre 9 e 14 anos de idade receberam a primeira dose da vacina. Em 2022, a cobertura caiu para 75,81%. Entre os meninos, a cobertura vacinal caiu de 61,55% em 2019 para 52,16% em 2022.

Os dados são do Ministério da Saúde que alerta que a queda nos índices de vacinação contra o vírus representa uma uma ameaça, que pode levar ao aumento no número de casos da doença e de cânceres que podem ser evitados.

A vacinação em adolescentes é praticada em mais de 120 países com estudos apontando resultados positivos relativos à prevenção e redução das doenças causadas pelo vírus.

Prevenção

Desde 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina contra o HPV para crianças e adolescentes como forma de prevenção para os tipos de vírus 6, 11, 16 e 18, os mais frequentes entre a população.

Em 2020, o Brasil incorporou a iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminação do câncer cervical no mundo por meio de três ações: vacinação contra o HPV, rastreio e tratamento de lesões pré-cancerosas e manejo do câncer cervical invasivo. As metas do Ministério da Saúde até 2030 são:

  • alcançar cobertura vacinal de 90% entre as meninas de até 15 anos;
  • atingir 70% de cobertura da triagem com teste de alto desempenho (aos 35 anos e novamente aos 45 anos);
  • alcançar o índice de tratamento de 90% para mulheres com pré-câncer tratadas e de mulheres com câncer invasivo.

De acordo com o ministério, a expectativa com essas ações é evitar 70 milhões de casos de câncer de colo de útero no século XXI. Atualmente, a imunização é oferecida a jovens, devido à alta eficácia da vacina para essa faixa etária, por induzir a produção de anticorpos.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estudos mundiais comprovam que 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas, e essa porcentagem pode ser ainda maior em homens. A estimativa é de que entre 25% e 50% da população feminina e 50% da população masculina mundial esteja infectada por HPV.

Esquema vacinal

A vacinação é uma opção segura e eficaz de prevenção da infecção ao HPV. O imunizante é oferecido gratuitamente pelo SUS para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de mulheres e homens de 15 a 45 anos vivendo com HIV/Aids, transplantados e pacientes oncológicos.

Como funciona o esquema vacinal:

Crianças e adolescentes de 9 a 14 anos devem receber o esquema de duas doses. Adolescentes que receberem a primeira dose dessa vacina entre 9 e 14 anos, poderão tomar a segunda dose mesmo se ultrapassados os seis meses do intervalo recomendado, para não perder a chance de completar o esquema vacinal.

Mulheres e homens que vivem com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos, recebem o esquema de três doses.

Sobre o HPV

HPV é o nome dado a um grupo de mais de 200 tipos de vírus capazes de infectar tanto a pele quanto a mucosa oral, genital e anal de mulheres e homens.

A depender da persistência da infecção e, principalmente, da capacidade de levar ao desenvolvimento de câncer, podem se desenvolver lesões que precisam ser tratadas para que não evoluam para tumores ao longo dos anos, sobretudo no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.

A transmissão do HPV geralmente acontece por meio de relações sexuais, seja por meio vaginal, oral, anal ou até mesmo durante a masturbação mútua, sem a necessidade de penetração desprotegida para o contágio.

Além da vacinação, o Ministério da Saúde recomenda o uso do preservativo interno ou externo durante as relações sexuais para a prevenção do HPV e de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST). Embora o preservativo reduza as chances de transmissão, a camisinha não garante 100% de proteção contra o HPV, pois não cobre todas as áreas do corpo que podem ser infectadas.

O vírus pode estar presente na vulva, região pubiana, perineal, perianal ou na bolsa escrotal. A camisinha de uso interno é a mais eficaz para evitar o HPV, por cobrir também a vulva, mas é fundamental que seja usada desde o início da relação sexual, orienta a pasta.

Sintomas do HPV

Na maioria dos casos, a infecção por HPV é silenciosa. O vírus pode permanecer latente por tempo indeterminado, sem manifestar sinais visíveis a olho nu ou mesmo sintomas internos. Em grande parte dos casos, o próprio sistema imunológico é capaz de combater o vírus antes do surgimento de sintomas.

Entre as mulheres, a maioria das infecções tem resolução espontânea pelo próprio organismo em um período aproximado de até 24 meses. Mas há casos em que o vírus consegue permanecer no corpo, aguardando eventual baixa de imunidade para provocar o aparecimento de lesões.

As manifestações genitais do HPV podem ser discretas, percebidas apenas por meio de exames específicos, como pode haver o aparecimento de verrugas com aspectos de couve-flor, indolores ou com discreto prurido.

Os primeiros sintomas podem aparecer de dois a oito meses após a infecção, assim como pode demorar 20 anos até que apareça algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa.

diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.

Lesões clínicas: Verrugas na região genital e no ânus. Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas ou com pontinhos na pele. Em geral, são assintomáticas, mas podem causar coceira no local. Em geral essas verrugas são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.

Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu): Podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sintomas. As lesões subclínicas podem ser causadas tanto por tipos de HPV de baixo quanto de alto risco para desenvolver câncer.

Podem se manifestar na vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis, bolsa escrotal e região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.

Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe.

Tratamento

Não há tratamento específico para eliminar o HPV.

A terapia para combater verrugas genitais, por exemplo, deve ser individualizada, dependendo da extensão, quantidade e localização das lesões.



Feminicídios deixam 92 crianças sem mães em Mato Grosso

MATO GROSSO

Fonte: PJCMT  Foto: Reprodução PJCMT


A violência contra mulheres deixa marcas em todo o círculo familiar das vítimas. Quando se trata dos crimes de homicídio, as consequências são ainda mais dolorosas, com crianças e adolescentes órfãos e famílias desestruturadas. Um estudo realizado pelo terceiro ano seguido pela Polícia Civil de Mato Grosso, identificou que 42 das 47 mulheres vítimas de feminicídio no ano passado no estado eram mães. Crimes que deixaram 92 filhos e filhas órfãs, sendo que quatro deles também perderam o pai.

A paraense Liliane Barbosa da Silva tinha apenas 27 anos e foi vítima do primeiro feminicídio registrado em 2022 no estado. Ela foi morta pelo ex-companheiro na frente do filho de sete anos, na madrugada do dia 5 de janeiro, em Colíder, no norte de Mato Grosso. Liliane havia solicitado medida protetiva contra o autor do crime, de 23 anos. No mês anterior, ele chegou a ser preso por descumprir a determinação judicial de se manter afastado da vítima. 


No dia do crime, o ex-namorado de Liliane pulou o muro da residência onde ela morava com os dois filhos pequenos, arrombou a porta da casa e mandou a vítima ficar em silêncio. Ela chegou a pedir que ele não fizesse nada à filha de quatro anos. O criminoso atacou a vítima com golpes de faca e depois fugiu do local, deixando o filho dela, de sete anos, gritando por ajuda. O autor do crime foi preso em flagrante, horas após o feminicídio.
 
Os números reunidos no diagnóstico “Mortes Violentas de Mulheres e Meninas em Mato Grosso” mostram que entre as 47 vítimas de feminicídio, 15 delas tinham filhos com os autores dos crimes. O relatório analítico, produzido desde 2020 pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil,  é realizado com base nos dados dos boletins de ocorrência e em inquéritos policiais e traz números sobre o local e meio empregado nos homicídios, solicitação de medidas protetivas, perfis das vítimas, vínculo entre vítimas e autores dos crimes e os efeitos da violência contra mulheres.

Perfil das vítimas

Do total de 101 mulheres mortas no ano passado, a maioria estava em plena idade produtiva e 62% delas tinham entre 18 e 39 anos. Em relação às vítimas de feminicídio (cometidos por razão de gênero ou violência doméstica), 44% delas foram mortas pelos companheiros ou namorados, 28% tinham ensino fundamental ou médio e 56% eram pardas.

Do total dos crimes,  52% ocorreram no ambiente doméstico, ou seja, nas residências das vítimas; outros 22% foram em vias públicas. O principal meio empregado foi a arma de fogo, em 45%, e em 31% dos homicídios foram usadas armas brancas (faca, canivete, facão).


A delegada Mariell Antonini Dias, titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Várzea Grande, destaca que o estudo ajuda a compreender melhor o fenômeno da violência doméstica, deixando claro o risco a que as mulheres estão submetidas quando vivem em situação de violação de direitos em casa e não procuram ajuda da Polícia.

“Muitas mulheres pensam que o agressor não terá coragem de tirar a vida delas e que as ameaças são vazias. Mas as estatísticas demonstram o contrário, pois mais da metade das mortes de mulheres ocorre em casa por pessoas que possuem vínculo com elas. É necessário que todas entendam que a violência pode ser progressiva e cada vez mais letal. E, por isso, devem buscar auxílio para o problema que está dentro de casa, tornando visível para o Estado um fato que apenas quem está na relação tem conhecimento”, observa a delegada.

Os familiares também são importantes nesse processo de rompimento do ciclo da violência e tem o dever moral de auxiliar a vítima, buscando o aparato estatal.

“O aplicativo SOS Mulher MT é uma tecnologia muito avançada em prol da mulher, possibilitando que ela acione a Segurança Pública onde quer que esteja, com o simples clicar de um botão. Temos também a Patrulha Maria da Penha em muitas cidades, com acompanhamento da efetividade das medidas protetivas pela Polícia Militar”, pontua Mariell.



sábado, 25 de fevereiro de 2023

Cigarro comum tem sido trocado por 'vape com vitamina' em MT; especialistas alertam sobre ineficácia

SAÚDE

Fonte: G1MT  Foto: TV Globo/Reprodução


João Vitor da Costa, de 18 anos, trabalha em uma instituição bancária, em Cuiabá, e começou a usar cigarro eletrônico para substituir o cigarro comum. Mas ele sabe que o vape com vitaminas não tem nenhum valor nutricional. Especialistas apontam ainda que essa não é a melhor forma de desapegar ao vício.

"Eu uso assim por que eu gosto e para parar de fumar cigarro. Acho que todo mundo que fuma já sabe que não tem nenhum valor nutricional e, na verdade, isso mais degrada do que ajuda", disse.

Apesar de alguns terem consciência de que o uso do cigarro eletrônico é prejudicial à saúde, a informação que circula na internet também contribui para esse consumo. Anúncios prometem que o produto traz mais energia, firmeza na pele e ainda possibilita a recuperação muscular.

Os cigarros eletrônicos são vetados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sendo proibida a comercialização e propagandas de qualquer dispositivo eletrônico, seja para fumar ou para suplementação de vitaminas, probióticos ou enzimas.

O médico de esporte, João Lombardi, explicou que nenhuma suplementação pode ser feita dessa forma e somente um profissional da saúde pode indicar o uso correto.

"O que temos hoje quanto à absorção de micronutrientes e vitaminas é pela alimentação. É a via preferencial. Grande parte das vitaminas que temos é pela alimentação, salvo casos específicos", afirmou.

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) mostrou, através de estudos, que o uso de cigarro eletrônico causa doenças não só respiratórias, mas gastrointestinais. A pneumologista Keyla Maya disse que trocar o cigarro comum pelo eletrônico pode ser uma armadilha.

"Não se para de fumar, fumando. Nós usamos nicotina em forma de disco, chicletes e pastilhas para as pessoas pararem de fumar. Porque o cérebro, a medida que fica dependente da nicotina. O que deve ser desarmado gradativamente para evitar a abstinência", afirmou.

Os problemas ocasionados pelo uso deste cigarro vão muito além da irritação na pele ou reações alérgicas, segundo ela. Apesar da Anvisa proibir esse produto, a fiscalização do comércio fica sob responsabilidade das autoridades locais.